PUB

O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, nos Açores, valorizou hoje a reabertura das Termas do Carapacho, na ilha Graciosa, que considera de “extrema importância” para o desenvolvimento do concelho.

“As termas, a funcionarem em pleno, não tenho dúvida nenhuma – com as valências de saúde também associadas -, que são de extrema importância para o nosso desenvolvimento”, disse hoje António Reis à agência Lusa.

O autarca referiu que o executivo que lidera (“Somos Todos Graciosa” – PSD/CDS-PP/PPM) sempre desejou “conseguir que as termas fossem exploradas por uma entidade privada e que percebesse efetivamente do assunto, e foi isso que se conseguiu”.

PUB

“Conseguimos trazer uma empresa para a Graciosa, fruto de um concurso que o Governo Regional lançou, e conseguiu-se uma empresa [concessionária] que realmente percebe do assunto”, disse.

A exploração do complexo termal foi concedida em fevereiro pelo Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) à empresa Verde Similar Termas, que também explora as termas das Caldeiras, na Ribeira Grande, na ilha de São Miguel.

A empresa realizou, até ao momento, obras no valor de 400 mil euros e reabriu hoje o espaço, que disponibiliza várias valências de saúde e bem-estar e um restaurante/bar.

A sócia-gerente da concessionária, Luísa Pereira, referiu à Lusa que as obras vão continuar por duas fases, adiantando que será criada uma oferta única a nível mundial.

“Há alguns balneários [termais] em termos mundiais, que utilizam duas águas e que têm várias águas em oferta. O que acontece aqui? A particularidade do balneário do Carapacho é que nós temos uma valência termal diferente da tradicional, que é a da talassoterapia, que constitui a utilização de água do mar também para tratamento”, disse a empresária.

E prosseguiu: “Ora, isso aliado à nascente tradicional e à nascente ferruginosa, portanto, a água ferruginosa, essas captações permitirão que esse balneário funcione com três águas distintas e que seja um balneário único no mundo em funcionamento, com estas características de água”.

A ambição da concessionária é fazer da estância termal da ilha Graciosa uma referência “não só do arquipélago, mas do país, da Europa e do mundo”.

Os deputados do PSD/Açores eleitos pela ilha Graciosa, João Bruto da Costa e Adolfo Vasconcelos, também saudaram hoje “o início de uma vida renovada” para as Termas do Carapacho.

“As Termas do Carapacho têm vindo a funcionar com a intervenção direta do Governo regional, e esse nunca foi o cenário ideal. Foi preciso tempo e trabalho para consolidar esta oportunidade para o nosso empreendedorismo, nomeadamente no turismo termal e de bem-estar, naquela que é uma excelente novidade para a Graciosa”, referiu o deputado Adolfo Vasconcelos citado numa nota de imprensa do artido.

O parlamentar regional social-democrata salientou ainda que o complexo termal pode ser “uma oferta diferenciada” que valorizará “em muito, o destino Graciosa”.

As Termas do Carapacho, situadas na freguesia da Luz, na ilha Graciosa, são conhecidas pelas suas águas desde 1750.

As águas termais são especialmente indicadas “na prevenção e tratamento de patologias do foro reumatológico, sendo utilizada em serviços termais num conceito de saúde, lazer e bem-estar”, segundo o portal VisitAzores.

Em fevereiro deste ano, o executivo açoriano revelou que adjudicou “a concessão de exploração do recurso hidromineral e geotérmico do Carapacho e do direito de utilização do edifício das Termas do Carapacho à proposta apresentada pela Verde Similar Termas”.

O caderno de encargos fixa um prazo de concessão de 20 anos que poderá ser prorrogado por “cinco anos até ao limite de 30 anos, desde que o concessionário cumpra as obrigações legais”.

PUB