Autor: Lusa/Jornal Açores 9 | Foto: Caldeira de Santo Cristo IA OSJ
PUB

Cerca de 300 jovens participam, a partir de segunda-feira, na Aldeia da Esperança, em São Jorge, nos Açores, onde irão “experimentar uma semana de espiritualidade aliada à natureza”, num encontro que contará com o bispo de Angra.

A iniciativa é promovida pela Igreja Católica açoriana e decorre até sexta-feira na Caldeira da Fajã de Santo Cristo, na ilha de São Jorge, e “busca ser um modelo de sustentabilidade, promovendo práticas amigas do ambiente e educação ambiental”, segundo é referido no sítio na internet “Igreja Açores”, da Diocese de Angra.

Promovida pelo Grupo Coordenador do Jubileu da Diocese de Angra, com o apoio da Ouvidoria de São Jorge, do Serviço Diocesano da Juventude e do Corpo Nacional de Escutas (CNE), a Aldeia pretende afirmar-se como modelo de sustentabilidade, adotando práticas amigas do ambiente, como o uso de um “Kit do Peregrino”, composto por uma mochila, uma t-shirt, um boné e um copo, concebido em materiais amigos do ambiente.

PUB

Para evitar o uso de papel, todos os peregrinos são convidados a descarregar um `link´ onde podem consultar e utilizar os materiais propostos para as atividades.

Oriundos de sete das nove ilhas dos Açores, com exceção do Corvo e da Graciosa, os jovens vão viver cinco dias de atividades que incluem trilhos de oração, workshops vocacionais e celebrações litúrgicas.

As noites serão marcadas por atividades culturais como concertos, cinema ao ar livre e vigília.

O evento “é uma forma de celebrar o Ano Jubilar da Esperança e promover um encontro entre os jovens, Deus, a natureza e uns com os outros”, sublinha a Diocese de Angra.

O bispo de Angra, Armando Esteves Domingues, “é o aldeão número 1” da Aldeia da Esperança e presidirá à celebração de abertura, mantendo-se durante a semana com os jovens, segundo a Diocese de Angra.

De acordo com o Serviço Diocesano das Comunicações Sociais da Igreja da Diocese de Angra, a “Aldeia da Esperança” é inspirada no formato de acampamento, seguindo o modelo de Taizé.

A Aldeia tem como lugar central o Santuário do Senhor Santo Cristo da Caldeira e visa marcar a celebração do Jubileu da Esperança, convocado pelo Papa Francisco para 2025, numa data próxima do Jubileu dos Jovens, que decorre em Roma de 28 de julho a 03 de agosto, explica ainda.

A iniciativa, que procura fomentar a criação de uma comunidade baseada em valores cristãos e de solidariedade, onde a relação com a natureza será valorizada, decorre numa área classificada como Reserva da Biosfera e contará com atividades ligadas ao cuidado da natureza e à preservação ambiental.

No local estão instaladas diversas infraestruturas para que os jovens possam viver em segurança durante os cinco dias, incluindo um Hospital de Campanha, montado pela Cruz vermelha Portuguesa.

Por outro lado, haverá a presença em permanência dos Bombeiros da Calheta, parceiros da iniciativa, que conta com o apoio da secretaria regional do Ambiente e Ação Climática e das Câmaras Municipais da Calheta e de Velas.

O “Dia da Contemplação”, o “Dia da Descoberta” e o “Dia de Ação” estruturam o programa, envolvendo trilhos, oficinas orientadas por várias congregações religiosas e atividades de campo “desde o cuidado da natureza ao cuidado do outro”, adianta ainda a Diocese.

Para a Aldeia foi criado um hino, intitulado Sementes do Céu, com letra de Ana Torcato e Grupo Apressados da Vila e música de Paulo Pimentel.

O Serviço Diocesano à Juventude, que elaborou os materiais que os jovens vão utilizar, conta com a participação de várias congregações religiosas.

Também haverá dois animadores da Casa do povo de Santa Bárbara, da ilha Terceira, bem como um workshop sobre ambiente assegurado pelos serviços do ambiente da Caldeira, acrescenta a Diocese de Angra.

 

PUB