Montanha da ilha do Pico
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Os vigilantes da natureza da ilha do Pico, nos Açores, dispõem de novos equipamentos e vestuário para reforço da monitorização, vigilância e fiscalização do trilho da Reserva Natural da Montanha, a mais alta de Portugal, foi hoje anunciado.

“Foram adquiridos equipamentos e vestuário adequados para apetrechar os Vigilantes da Natureza do Pico para a missão de percorrer, com regularidade, o trilho da Montanha, designadamente andadores, mantas térmicas, capas impermeáveis, casacos, botas, óculos de neve, luvas, gorros, golas, calças de verão e inverno e camisas térmicas”, adiantou o secretário regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel.

Os novos equipamentos e vestuário de montanhismo foram entregues durante uma subida ao Piquinho, na quarta-feira, segundo divulgou o Governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM).

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Para Alonso Miguel, citado numa nota de imprensa, “mais do que o valor deste investimento, que rondou cinco mil euros”, importa “a sua importância e utilidade” para garantir que os vigilantes da natureza têm “os meios necessários” para assegurar regularmente a monitorização, vigilância e fiscalização do trilho, inserido numa área classificada como Reserva Natural, no contexto do Parque Natural de Ilha do Pico.

Trata-se de “um geossítio prioritário de relevância internacional do Geoparque Açores e que abrange ainda a Zona Especial de Conservação da Montanha do Pico, Prainha e Caveiro, no âmbito da Rede Natura 2000”, acrescentou o governante.

O secretário regional destacou ainda que este apetrechamento permitirá aos vigilantes “percorrer o trilho da montanha uma vez por mês no inverno e duas vezes por mês no período de verão”, considerando “um passo de grande importância” na vigilância do trilho e de parte significativa daquela área protegida.

Vai também contribuir para a fiscalização do comportamento dos visitantes, numa altura em que se regista um crescente fluxo turístico, assinalou.

Essa presença regular dos vigilantes da natureza no trilho representa ainda “um contributo fundamental para a monitorização de diversas espécies protegidas, com especial destaque para a ‘Silene uniflora cratericola’, uma subespécie endémica e extremamente rara, cuja presença é apenas conhecida na Montanha do Pico, a altitudes superiores a 1.200 metros”, sublinhou ainda Alonso Miguel.

O governante referiu que esta nova subida ao topo da Montanha do Pico, a terceira desde que assumiu a tutela do ambiente na Região, em finais de 2020, avaliou também o estado de conservação e limpeza do trilho e das estruturas, nomeadamente marcos e a sinalética, reabilitados recentemente, no âmbito de uma prestação de serviços, num valor superior a 15 mil euros, adjudicada à AGMA – Associação de Guias de Montanha do Pico, bem como as câmaras de vigilância e o marco geodésico do Piquinho, reconstruído em 2023.

A intervenção de requalificação do marco geodésico do Piquinho permitiu requalificar “uma infraestrutura que não era intervencionada há cerca de três décadas”, e que estava “em avançado estado de degradação”, acrescentou.

Destacou ainda a importância do projeto CICLOPE, que apoia ações de busca, socorro e resgate de visitantes na Reserva Natural da Montanha do Pico, assegurando ainda, durante todo o ano, o funcionamento do sistema de videovigilância e rastreio de visitantes, num investimento anual de 55 mil euros, protocolado com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Madalena.

Alonso Miguel recordou o recente contrato-programa entre a secretaria regional do Ambiente e Ação Climática e a Universidade dos Açores, destinado à modernização tecnológica do Observatório da Montanha do Pico, localizado a 2.225 metros de altitude, num investimento superior a 250 mil euros, para aquisição de novos equipamentos tecnológicos de suporte à atividade científica.

 

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