A escritora açoriana Ana Oliveira Cardoso apresenta esta quarta-feira, 23 de julho, o seu livro de estreia intitulado “O Vento que me (E) leva”. O evento realiza-se às 18h30 no Edifício Polivalente da Vila das Capelas, com entrada livre.
A sessão contará com apresentação literária a cargo de Carmen Costa e André Viveiros, e será enriquecida com momentos culturais protagonizados por Carlos Sousa e Anita Medeiros.
A obra, publicada pela editora Letras Lavadas, assume-se como um registo profundamente pessoal, onde, segundo a autora, “duas almas vivem num só corpo: a alma ilhéu e a alma andorinha”.
“Escrevo com os pés na terra e com o coração ao vento. É assim que me revejo nestes textos. São pedaços de mim: da ilha, da serra, do Douro, das viagens e dos regressos”, afirmou Ana Oliveira Cardoso ao Açores 9, em antevisão do lançamento.
Natural de Ponta Delgada, onde nasceu em maio de 1982, Ana cresceu entre “montes verdes, mar revolto e livros”. Foi ainda no ensino secundário que a escrita começou a ganhar força. Mais tarde, trocaria a ilha pela serra da Covilhã, onde concluiu a licenciatura em Ciências da Comunicação, na Universidade da Beira Interior.
Em 2005 regressa aos Açores, conciliando o Mestrado em Gestão de Empresas (MBA) com trabalho na área da Economia Solidária. Mas em 2011 volta a partir, desta vez para o Norte do país, onde encontra no Douro uma nova casa e inspiração.
“A ilha ensinou-me a raiz, o Douro ensinou-me o voo. Esta dualidade está em tudo o que escrevo”, partilha.
Casada com Luís e mãe de Lara e Mariana, Ana trabalha atualmente em consultoria luso-alemã, mas é na escrita que verdadeiramente se encontra. Em 2023 decidiu mergulhar na criação literária e frequentou formações com Pedro Chagas Freitas e Lourenço Seruya.
“A escrita é um regresso constante a quem sou, uma forma de estar em todos os lugares por onde passei, mesmo sem sair do papel.”
“O Vento que me (E) leva” já está disponível para venda na Livraria Letras Lavadas, bem como nas plataformas Fnac, Bertrand e Wook.
O evento desta quarta-feira nas Capelas marca o início do percurso público da autora enquanto voz literária açoriana e promete ser um momento intimista de partilha entre texto e território.
