A presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, nos Açores, Vânia Ferreira, candidata-se a um segundo mandato pela coligação PSD/CDS-PP, para dar continuidade ao trabalho desenvolvido, assumindo como prioridade a estabilização financeira do município.
“Perante todo o cenário que foi encontrado, continuo com o foco na estabilização financeira do município. Qualquer município sem esta estabilidade financeira, por mais que queira apresentar projetos, nunca terá essa capacidade, nem poderá tão pouco ser o melhor parceiro”, afirmou Vânia Ferreira à Lusa.
A autarca social-democrata, que tomou posse em 2021, depois de 16 anos de gestão autárquica do PS, volta a apresentar-se a eleições em coligação com o CDS-PP, que assumiu neste mandato a vice-presidência do município.
“Há uma reforma na equipa. É importante sangue novo, ideias novas e entendemos que será, sem dúvida, uma mais-valia”, adiantou.
Técnica superior de serviço social, com 45 anos, Vânia Ferreira disse avançar com a recandidatura “com um espírito de responsabilidade muito grande, perante aquilo que já foi iniciado e que merece ser continuado”.
Depois de uma auditoria que revelou “valores de dívida preocupantes”, a candidata alega que o executivo da coligação “arregaçou mangas” e trabalhou para “nunca falhar, nem com as entidades bancárias, nem com os funcionários, e ainda conseguir voltar a ter a confiança dos parceiros”.
“Os dois, três anos iniciais foram muito difíceis, mas face ao trabalho que foi desenvolvido agora começam a ver-se possibilidades de podermos fazer mais pela Praia da Vitória”, avançou.
“O que eu entendo que será benéfico para a Praia da Vitória é este trabalho de continuidade, de poder prosseguir com este trabalho de recuperação”, acrescentou.
Entre as prioridades da candidata estão a habitação, o apoio social e o desenvolvimento do potencial turístico e cultural do concelho, com a continuidade de projetos como o festival Outono Vivo e as festas concelhias, que são um “motor da economia”.
“O que eu pretendo é poder desenvolver a Praia não só em termos económicos, mas também em termos sociais. Há imensos projetos que já estamos a desenvolver, mas que podem e devem ser enriquecidos”, frisou.
A situação financeira do grupo municipal levou à internalização da cooperativa Praia Cultural, com negociações “umas mais dolorosas do que outras”, mas Vânia Ferreira considera que “as pessoas assumem que as decisões tomadas foram a bem da Praia da Vitória”.
“Eu estou confiante que este trabalho será reconhecido, porque tem sido responsável, com total transparência, com grande proximidade com todas as pessoas e instituições”, vincou.
Em 2021, a coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições autárquicas na Praia da Vitória, com 45,39% dos votos, elegendo quatro mandatos. O PS ficou em segundo lugar, com 41,8% dos votos e três mandatos.
A candidatura independente “Esta é a nossa Praia”, liderada por um ex-vereador socialista, ficou em terceiro lugar com 9,83%, seguindo-se o Chega (1,37%), o BE (0,86%) e a CDU (0,7%).
Na Assembleia Municipal, incluindo presidentes de juntas de freguesia, a coligação PSD/CDS-PP tem 16 deputados, o PS 14 e o grupo “Esta é a nossa Praia” dois.
Para as eleições autárquicas de 12 de outubro já foram anunciadas as candidaturas de Marco Martins, pelo PS, e Francisco Lima, pelo Chega.