A deputada regional Olivéria Santos é a candidata do Chega à Câmara da Lagoa, nos Açores, com o objetivo de vencer a autarquia e fazer com que a cidade volte a ser “grande”, apontando a habitação como prioridade.
“O meu objetivo é ganhar. Quando a gente parte para um projeto desta natureza, temos sempre o objetivo de ganhar. Tenho a certeza que vou ganhar. É com esse princípio e com essa motivação que me apresento aos cidadãos da Lagoa”, afirmou Olivéria Santos à agência Lusa.
A deputada na Assembleia Legislativa dos Açores, jornalista de profissão, defendeu a necessidade de “revitalizar a Lagoa”, uma vez que o concelho “não pode ser, como ultimamente tem sido, um dormitório”.
“Nós queremos voltar a pôr a Lagoa no mapa. Voltar a fazer a Lagoa grande. Os lagoenses têm muito orgulho da sua terra. É preciso que as pessoas voltem a sentir esse orgulho”, afirmou.
Olivéria Santos assume como “prioridade a habitação”, uma crise que deve ser combatida através do aumento das habitações para “jovens casais da classe média”.
“É um problema gritante. Sabemos que é um problema transversal, mas na Lagoa há também muita falta de habitação. A gente esbarra nas burocracias, a gente esbarra nos PDM [Plano Diretor Municipal], a gente esbarra nas reservas [agrícolas]”, alertou.
A candidata considerou ser necessário realizar parcerias entre a Câmara Municipal e o Governo Regional para “eliminar burocracia e criar mais habitação” no concelho, que tem cerca de 14.100 habitantes.
Olivéria Santos, que se candidata à autarquia tida como um bastião socialista, criticou a governação “péssima” do PS e enalteceu o “potencial” da cidade da costa sul da maior ilha açoriana.
“A Lagoa não evoluiu. A Lagoa não cresceu. Eles foram fazendo uma coisinha aqui, outra ali. Para ‘inglês ver’. Falta na Lagoa a obra, a tal obra. O chamariz. A âncora. Seja um evento ou uma estrutura. Vou dar um exemplo: quando vamos a Paris há a âncora da Torre Eiffel. Falta na Lagoa esta Torre Eiffel”, advogou.
Nas eleições autárquicas de 2021, o PS venceu na Lagoa com 62,63% dos votos expressos, assegurando cinco mandatos, contra 29,2% da coligação PSD/CDS-PP/PMM, que garantiu dois mandatos.
O BE (2,26%), Chega (2,23%) e o PCP (0,59%) foram as outras forças concorrentes.
O atual presidente da autarquia, Frederico Sousa (PS), vai candidatar-se à Câmara Municipal, tal como Rúben Cabral (PSD)
As eleições autárquicas estão agendadas para 12 de outubro.