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Nas pressões para obter acordos, não se encontra na palavra, democracia, o pressuposto de ato de contrição, por violação dos princípios de neutralidade de novos atores políticos subversivos. Como se a democracia fosse uma expressão moral decorrente de uma motorização religiosa ou de doutrina social abrangente, totalitária, da boa… Porém um purgatório para a obtenção de legitimidade política, ou de um sistema, ou de um regime, passa por eleições, ou por cooptação, pré-científico! Aliás, em democracia cada vez mais em desassociação, inclusivamente por razões de alegada [perda de tempo] ¹, no que concerne à liberdade de imprensa e transparência.

A presidente da Comissão Europeia, argumenta com uma [tentativa grosseira de abrir uma brecha (…)] sendo a cunha a própria – digo eu ̶ a julgar pela declaração de vítima de quem quer: [polarizar a sociedade e corroer a confiança de democracia, com falsas alegações, conspirações sinistras e tentativas de reescrever a história]², no ensejo de permanecer no cargo face a uma moção de censura, não abre mão da húbris, do combinado próprio das barbáries retrospetivamente justificadas, por quem é conivente com revisionismos – também digo.

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No uso de uma vulgata de oratória obstante à responsabilidade substituindo o que devia ser defensável ante o provimento dado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia, ao recurso apresentado pelo The New York Times, a acusada reage com adjetivos, sem sentido, do tipo “fantoches russos”. Para além dos argumentos ad hominem e ad personam, ainda assim mal esboçados, a presidente da CE, enviesa os “pontos cegos institucionais” que envolvem o caso Pfizergate e a sua comunicação, a de Von der Leyen, com Albert Bourla, CEO da farmacêutica Pfizer, mas não apresenta provas de presumível inocência para além de factos conjugados, nas margens. Caso que por reciprocidade sistémica normaliza por neutralidade ‘os valores’ da política do Ocidente que, ultrapassados pela a Inteligência Artificial, ao apresentar razões, para o conflito, a partir de algoritmos, representa um horizonte de guerra global.

Por estes dias alguém se lembrou do blairismo, não só pela participação no ardil da invasão do Iraque, mas sobretudo pelo paradoxo que arrastou o trabalhismo ao longo dos 10 anos de governação de Tony Blair. O alegado facto dos emails apagados, para dificultar a investigação policial sobre a ação do governo não é, pois, assintomático.

¹ Consideração atribuída a forças de centro-direita e centro-esquerda com assento no Parlamento Europeu.

² Dito de Ursula von der Leyen, sobre a sua acusação.

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