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Nesta guerra de Israel com o Irão, mais do que ‘Dúvida Razoável’ será um cisco no olho, cada uma das trocas amáveis entre os beligerantes, EUA e Irão, de avisos de bombardeamento, entre outras razões turvas. É o povo, estúpido! Seria a resposta de Einstein à pergunta, vinda da plebe, se os políticos seriam capazes de resolver os problemas que criaram.

De resto o que acontece com os povos das nações, aos agressores e aos seus aliados, com assimetrias estruturais? – Sujeitam-se às interpretações agressivas e ímpias. Em Portugal, a queda de desenvolvimento não será tão abrupta… não cairá de uma posição a que nunca chegou por inteiro, nesta periferia europeia de evolucionismo prosaico, etéreo, mascarado, portanto, mas politicamente relevante. Pois ainda que se morra por água contaminada, não em todo o país, mas já para nascer morre-se sem direito à nascença, por burocracia e presumível assistência carecente ̶ é uma questão de estatística às parcelas.

Relevante quanto radical é sonegar recursos, aos sistemas sociais já por si exangues, para investir em projetos de política belicosa comum sem a equidade adequada aos parceiros. E, repito, um consenso pio, em políticas sistémicas de classe potestativas do ‘happening’ político eivado de narcisismo ideológico, colonial, sim, colonial e hobbesiano reemergidos para substrato político da classe que pós-COVID anuía na reindustrialização da Europa e infletiu para a reconversão em indústria militar, uma prioridade da tecnologia, imagine-se, expressão de outros interesses… daqueles de que Thomas Edison, no princípio do século passado, tratava na sua correspondência com Henry Ford, sobre o “barões corruptos”.

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Posto a esmaecida “Guerra dos 12 Dias”, por entre assuntos encriptados e películas de interpretação, remake norte-americano de política externa e dopamina para consumo público, estamos perante a “infobesidade”; impede de metabolizar a informação em conhecimento e, portanto, a compreensão. Sufoca os processos críticos e intelectuais, sustenta, Edgar Morin. Na prática, a honorabilidade da Agência Internacional da Energia Atómica sofreu a mutação à razão da conveniência de um produto preditivo; destinado à previsão, ao pensamento e ao que fazer, em linha de ação acéfala. Assim, se forja o focus belli para uma guerra.

Constou da congeminação contra Teerão, uns documentos elaborados não em observações objetivas, mas sim nas conclusões do software de inteligência artificial Mosaic. Este software, arquitetado para indiciar conspirações a partir de uma quantidade infinita de dados, apresentou hipóteses como certezas. Pela primeira vez, a IA, foi utilizada para descrever uma realidade. Como resultado, as anomalias detetadas no Irão foram interpretadas como que uma preparação de bomba atómica.

Segundo o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, não submisso quanto Mark Rutte, porém, no universo obnóxio, servil, ora não há “qualquer indício de que exista um programa sistémico no Irão para fabricar uma arma nuclear, ora, o próprio, está sob a responsabilidade do uso de documentos que levaram à Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, revogada, mas aplicada unilateralmente, o que contraria o Direito Internacional, pela Alemanha, pela França e pelo Reino Unido. Esses documentos, para concluir, são produto do software Mosaic, desenvolvido, para clientes como a CIA, o Pentágono, as Forças de Defesa de Israel (IDF) e a Mossad, além da Direção-Geral de Segurança Interna (DGSI) francesa, pela empresa, Palantir Technologies, detida por Peter Thiel, do Grupo Bilderberg.

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