O Chega/Açores exigiu ao Governo Regional que o processo de privatização da Azores Airlines fique concluído até ao final do ano, sob pena de insolvência do grupo SATA.
Afirmando que a “privatização da Azores Airlines ainda não teve um desfecho”, o líder do Chega/Açores, José Pacheco, exigiu que “até final deste ano o processo chegue a uma conclusão” porque, “se tal não acontecer, a Azores Airlines terá de partir para a insolvência”, revelou o partido num comunicado.
A posição do Chega/Açores foi divulgada na sequência de uma reunião de trabalho entre José Pacheco e o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro (PSD), de preparação do Plano e Orçamento para 2026.
Segundo o comunicado, além da questão da Azores Airlines, José Pacheco abordou também o relatório da Comissão de Inquérito ao incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) e a opção pelo hospital modular.
O Chega/Açores mostrou-se “verdadeiramente preocupado com a falta de transparência” na sequência do incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, o maior dos Açores, e a “escolha política” pelo hospital modular, “em vez de se apostar na estrutura hospital já existente e que teria capacidade para abrir portas pouco depois do incêndio”.
Na reunião, José Pacheco defendeu um Orçamento Regional “executável” e instou o executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM a avançar com as propostas já apresentadas pelo partido e aprovadas em sede de Orçamento, algumas das quais já estão a ser executadas.
“Esta é uma forma de o Chega perceber se o Governo Regional tem intenções de cumprir com o aprovado em sede de Orçamento”, defendeu o partido, acrescentando ter conhecimento “de muitos apoios que não chegam, de pagamentos que estão atrasados”.
“Portanto, é essencial que o próximo Orçamento seja real e concreto, com medidas que realmente ajudem os açorianos e que sejam cumpridas”, lê-se no comunicado.
Em 11 de junho, o Chega/Açores anunciou que vai agendar, para o plenário de julho, um debate de urgência sobre a Azores Airlines para que sejam prestados esclarecimentos acerca da situação financeira, viabilidade e processo de privatização da companhia aérea, revelou o partido.
O objetivo é “esclarecer sobre o presente e o futuro” da Azores Airlines, tendo em conta “os prejuízos acumulados” e o processo de privatização da empresa, cujo concurso público foi lançado em março de 2023, mas que “está parado”, com “avanços e recuos”.