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O Grupo Parlamentar do CHEGA/Açores considerou que o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) confirma aquilo que o partido denunciou desde o início: a existência de negligência, manipulação política e desrespeito pela saúde dos açorianos no processo que levou à construção do hospital modular.

A deputada Olivéria Santos sublinhou que o partido “não fica satisfeito, mas com pena”, por ver confirmadas as suas suspeitas. “Mais uma vez, a saúde dos açorianos ficou para trás, para se darem prioridades a decisões políticas. Isto não pode continuar”, afirmou.

Neste contexto, o CHEGA garantiu que vai exigir responsabilidades políticas. “Queremos uma resposta e queremos que a Secretária Regional da Saúde e o Presidente do Governo Regional expliquem o que aconteceu. Houve decisões políticas e tem de haver responsabilização de quem as tomou”, frisou Olivéria Santos.

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O CHEGA recorda que o hospital modular foi inicialmente anunciado com um custo previsto de 12 milhões de euros, mas o investimento já ascende aos 40 milhões. O partido defende, por isso, a realização de uma auditoria urgente do Tribunal de Contas à contratualização associada à conceção, construção, apetrechamento e funcionamento da estrutura modular — uma proposta apresentada pelo CHEGA no último plenário e aprovada por unanimidade.

Além disso, o partido vai exigir uma auditoria completa à gestão do HDES, prometendo manter-se firme na exigência de responsabilização política e criminal dos responsáveis, bem como na defesa da transparência, da verdade e da saúde pública.

Segundo Olivéria Santos, o relatório da CPI evidencia que existiam condições técnicas para reabrir parcialmente o HDES após o incêndio, nomeadamente para retomar consultas, exames e serviços administrativos em segurança. Porém, o Governo Regional terá optado por manter tudo encerrado, sem fundamento técnico, numa “decisão política vergonhosa que colocou a propaganda à frente da vida das pessoas”.

“Fomos a primeira força política a dizer que havia negligência, encobrimento e má-fé. Fomos a única voz a denunciar a incompetência da tutela e a exigir justiça para utentes e profissionais. E este relatório é a prova oficial: o povo açoriano foi enganado. E quem o enganou tem de responder por isso”, concluiu a deputada do CHEGA.

Partido Posição sobre o relatório Destaques nas declarações
CHEGA Concorda com as conclusões, exige mais ação Pede responsabilização política e auditorias ao hospital modular e à gestão do HDES
Bloco de Esquerda Alerta para ausência de estudos alternativos Lamenta que o hospital modular possa tornar-se definitivo; critica falta de avaliação técnica
PSD Defende legalidade do processo Diz que relatório final repõe verdade, salienta atuação rápida do Governo em situação de emergência
PS (relator) Autor da versão inicial do relatório Apontava falta de rigor na decisão política e custos excessivos na construção do modular

 

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