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O Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, está a participar na terceira Conferência das Nações Unidas para os Oceanos, que decorre esta semana em Nice, França, reunindo dezenas de líderes internacionais e especialistas em proteção marinha.

No primeiro dia do evento, realizado na terça-feira, o chefe do executivo açoriano cumpriu uma agenda intensa de reuniões bilaterais e multilaterais, com o objetivo de reforçar o posicionamento dos Açores como referência global na conservação dos oceanos e no desenvolvimento de uma economia azul sustentável.

“Os Açores são um laboratório vivo daquilo que é possível fazer quando se alia conhecimento, vontade política e respeito pela natureza”, afirmou José Manuel Bolieiro à margem das reuniões, sublinhando ainda que “estamos prontos para ajudar outras regiões a trilhar o mesmo caminho”.

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José Manuel Bolieiro e John Kerry, antigo Secretário de Estado dos Estados Unidos da América

Entre os encontros de maior destaque, o Presidente do Governo reuniu-se com John Kerry, antigo Secretário de Estado dos Estados Unidos da América e atual enviado especial para o clima, reconhecido internacionalmente pela sua atuação na defesa dos oceanos. O diálogo entre ambos centrou-se no papel estratégico dos Açores no contexto da cooperação internacional para a proteção marinha.

“Foi uma conversa franca e muito enriquecedora, sendo que John Kerry reconhece a importância geográfica e ambiental dos Açores no contexto atlântico e global”, destacou Bolieiro.

O governante açoriano participou ainda numa conferência temática que juntou representantes de várias nações e regiões, entre os quais a conceituada oceanógrafa e exploradora Sylvia Earle, presença habitual nos fóruns mundiais dedicados à proteção do meio marinho.

A presença dos Açores nesta cimeira insere-se num percurso iniciado em 2019, com a assinatura do memorando que criou o programa Blue Azores, estabelecendo a meta de proteger 15% da zona marítima açoriana através de Áreas Marinhas Protegidas de proteção total. Em 2021, já sob liderança do XIII Governo Regional, essa meta foi alargada para 30% até 2023, antecipando os compromissos nacionais e internacionais em matéria de conservação.

Em 2024, a aprovação da RAMPA – Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores – pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores representou a consagração formal desse esforço, tornando-se a maior rede do género em todo o Atlântico Norte.

“O mar não é apenas paisagem ou recurso. É identidade, é futuro, é responsabilidade. E os Açores querem continuar a ser parte da solução”, concluiu José Manuel Bolieiro.

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