A 13.ª edição do Azores Fringe Festival continua a percorrer várias ilhas açorianas até ao final do mês de junho, mantendo viva a celebração da diversidade artística internacional. No passado domingo, o Moinho do Juncal, nas Lajes do Pico, acolheu a última performance teatral ao vivo desta edição, num momento simbólico que marcou também o anúncio de uma nova direção para o festival.
Terry Costa, diretor artístico da MiratecArts, entidade organizadora do festival, revelou que a edição de 2026 do Azores Fringe vai centrar-se especialmente nas artes performativas. “Sejam nossos colaboradores açorianos ou convidados de outras paragens, a ideia é focar a última semana de maio de 2026 na performance ao vivo”, explicou o responsável, reforçando que o festival continuará a apostar em formatos variados, desde espetáculos ao ar livre até apresentações mais estruturadas em auditórios.
“O Fringe é um espaço aberto à criatividade. Desde performances curtas, ideais para espaços informais ou públicos, até produções mais longas, tudo será bem-vindo”, destacou Terry Costa, apelando à participação de artistas locais e internacionais.
A última atuação desta edição, intitulada ‘Possíveis’, foi protagonizada por Tânia Cabral e Sofia Sousa, que regressaram ao festival uma década após a sua primeira participação. “Para celebrar esses dez anos, juntámos a minha escrita à dança da Sofia, numa performance que reflete a nossa experiência enquanto mães que agora somos”, explicou Tânia Cabral, numa apresentação intimista e emotiva que encerrou o ciclo de performances ao vivo deste ano.
Terry Costa adiantou ainda que o modelo do festival está a ser repensado, com a intenção de dedicar semanas temáticas a cada expressão artística, concentrando o investimento anual em formatos que impulsionem a criação local com projeção global. Para 2026, a ambição é clara: realizar um dia inteiro de performances ao vivo nas Lajes do Pico, envolvendo a vila desde o nascer do sol até ao pôr-do-sol.
“Imaginem a vila baleeira transformada em palco, com performances nas ruas, nas casas, nos espaços públicos, na maré e até no mar – pensadas para diferentes públicos e idades. Esse é o espírito do Fringe: abrir horizontes e provocar emoções”, concluiu o diretor artístico.
O Azores Fringe volta a afirmar-se como uma plataforma dinâmica de promoção cultural e artística, reforçando os Açores como um arquipélago de criação e experimentação para o mundo.