O deputado do PS nos Açores Marco Martins defendeu hoje que o sistema político regional tem de se reinventar e que a política tem de ser um compromisso com o bem comum e a escuta ativa.

“Defendemos que o nosso sistema político tem de se reinventar, que nós próprios, agentes e decisores políticos, temos de nos reinventar. A política não pode ser um exercício de distância ou de cálculo. Tem de ser um espaço de serviço público genuíno, de compromisso com o bem comum e de escuta ativa”, afirmou o deputado socialista, na sessão solene do Dia dos Açores, na Praia da Vitória.

Marco Martins vincou que o PS não abdicará da sua “capacidade de apresentar propostas em diversas e distintas áreas da governação”, nem desistirá de “procurar e propor consensos, apelando ao diálogo com todos os partidos e Governo Regional”.

“Os políticos, todos, sem exceção, têm o dever de falar verdade, de ouvir, de respeitar as diferenças, de encontrar no diálogo a base de um entendimento possível e desejável”, apontou.

“A divergência ideológica não pode ser pretexto para a desconsideração pessoal ou para a erosão das instituições”, acrescentou.

O deputado socialista defendeu que a autonomia é “uma construção inacabada” e que exige “renovação, participação e compromisso contínuo”.

“Não se esgota em diplomas ou decretos: cumpre-se todos os dias, quando há justiça social, oportunidades reais e dignidade para todos”, sublinhou.

Para Marco Martins, a abstenção crescente em atos eleitorais nos Açores “não pode ser desvalorizada, nem encarada com indiferença”.

“A confiança na política só será restaurada se esta se mostrar capaz de transformar verdadeiramente a vida das pessoas, se conseguir responder aos seus problemas, às suas necessidades e às suas legítimas aspirações”, salientou.

O deputado do PS alertou para a situação de quem trabalha e vive abaixo do limiar da pobreza e de quem não consegue pagar uma habitação condigna e para o flagelo da toxicodependência.

Defendeu ainda que “os Açores precisam de uma classe média forte, respeitada e devidamente protegida”.

As comemorações que hoje decorrem na Praia da Vitória são uma organização conjunta da Assembleia Legislativa e do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), na sequência da instituição do Dia da Região Autónoma dos Açores, em 1980, para comemorar a açorianidade e a autonomia.

A data, feriado regional, é celebrada na segunda-feira do Espírito Santo.

Na sessão solene vão ser impostas 20 insígnias honoríficas açorianas que visam distinguir cidadãos e entidades que se tenham destacado “por méritos pessoais ou institucionais, atos, feitos cívicos ou por serviços prestados à região”.

Será atribuída uma insígnia autonómica de valor, quatro insígnias autonómicas de reconhecimento, duas de mérito profissional, uma de mérito industrial, comercial e agrícola e doze insígnias autonómicas de mérito cívico.

 

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