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O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Comércio, Escritórios, Hotelaria, Turismo e Transportes (SITACEHTT AÇORES) considera o aumento dos salários uma prioridade essencial para o futuro da Região Autónoma dos Açores e para a melhoria concreta da vida de cada açoriano.

Segundo Vítor Silva, presidente do SITACEHTT AÇORES, é urgente reforçar o acréscimo regional ao salário mínimo nacional, passando dos atuais 5% para 10%. “Não se trata apenas de um número na folha de vencimento; trata-se de dignidade, justiça social e de um investimento no bem-estar de toda a nossa sociedade”, afirma o dirigente sindical.

A organização lembra que salários estagnados significam escolhas difíceis para muitas famílias açorianas — entre pagar as contas ou garantir uma alimentação saudável, entre investir na educação dos filhos ou aceder a cuidados de saúde. Um aumento real nas remunerações, que acompanhe e ultrapasse a inflação, permitiria melhorar as condições de vida, reforçar o poder de compra e promover a inclusão social.

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Além do impacto direto na vida dos trabalhadores, o sindicato destaca o efeito positivo na economia regional. Salários mais altos incentivam o consumo interno, aumentam a produção e criam mais emprego. “É um ciclo virtuoso”, sublinha Vítor Silva, apontando o aumento das remunerações como motor de desenvolvimento económico sustentável.

O presidente do SITACEHTT AÇORES alerta também para a necessidade de criar condições que fixem a população jovem nos Açores. “Quantos dos nossos jovens são forçados a emigrar por falta de oportunidades com remunerações dignas?”, questiona. A melhoria salarial é, assim, apresentada como uma medida estratégica contra o despovoamento e a fuga de talento.

Neste contexto, Vítor Silva anunciou que o sindicato irá entregar, no próximo mês, uma nova petição pública com mais de 3600 assinaturas, exigindo o aumento do acréscimo regional ao salário mínimo nacional de 5% para 10%. Este número representa mais do dobro das subscrições da petição entregue em 2024, demonstrando um crescente apoio popular à medida.

Paralelamente, o sindicato denuncia a ausência de subsídio de alimentação para muitos trabalhadores açorianos em vários setores de atividade. “Esta é uma realidade que impacta gravemente o bem-estar das famílias, especialmente numa região onde os custos de vida são superiores à média nacional”, afirma o dirigente.

A inexistência deste apoio significa que os trabalhadores têm de suportar, do seu salário base, as despesas com as refeições durante o horário laboral, o que representa um encargo adicional e reduz significativamente o rendimento disponível. Esta situação pode levar a escolhas alimentares menos saudáveis e agravar problemas de saúde, com impacto direto na produtividade e no bem-estar dos trabalhadores.

A disparidade entre setores que oferecem e os que não oferecem subsídio de alimentação contribui ainda para desigualdades salariais injustificadas, gerando desmotivação e insatisfação no seio das equipas. O sindicato defende uma análise urgente por parte das entidades empregadoras e do Governo Regional, no sentido de corrigir esta falha e promover condições laborais mais justas.

Para Vítor Silva, “o aumento dos salários e a introdução de um subsídio de alimentação são investimentos fundamentais na dignidade dos trabalhadores, na coesão social, no combate à pobreza e no crescimento sustentável da economia açoriana”. O presidente do SITACEHTT AÇORES garante que o sindicato continuará a lutar por estas causas em nome de um futuro mais justo e próspero para todos os açorianos.

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