O presidente do Governo dos Açores revelou hoje que frequentam o ensino regular da região 47 crianças oriundas de três dezenas de famílias do Canadá, que optaram por regressar ao arquipélago devido a dificuldades económicas.

“Nas escolas existe já um número significativo de estudantes (47) de famílias açorianas que vieram do estrangeiro”, que “regressaram por vontade própria” aos Açores, afirmou José Manuel Bolieiro.

O líder do executivo falava aos jornalistas após ter recebido no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, o conselho diretivo da AIMA – Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), liderada por Pedro Portugal Gaspar.

O Governo dos Açores vai entretanto proceder a um levantamento de crianças estrangeiras que estejam nas escolas da região para “acompanhar o processo de inserção por via educativa”.

Bolieiro recordou que os imigrantes residentes na região foram também integrados nos beneficiários do subsídio de mobilidade dos Açores para o continente, num quadro de “zelo e tratamento adequado da imigração”.

O presidente do Governo dos Açores sinalizou com “grande satisfação que a empregabilidade e a documentação [dos imigrantes] que é verificável está ajustada”, nomeadamente no que concerne ao registo criminal, contrato de trabalho e alojamento.

Referindo-se às políticas de acolhimento, o governante considerou que o executivo regional está empenhado em “não deixar cair por negligência qualquer situação negativa relativamente ao acolhimento” de imigrantes nos Açores.

O chefe do executivo açoriano recordou que o Governo dos Açores foi pioneiro no país na adoção de um plano de contingência para fazer face a eventuais deportações dos Estados Unidos, sendo que este “não foi acionado por desnecessidade”, o que é “uma boa notícia”, uma vez que só foram deportadas cinco pessoas, a maioria do Canadá.

Por seu lado, o presidente da AIMA, Pedro Portugal Gaspar, declarou que o “grande bolo [de imigrantes] que se tinha em cima da mesa, que eram as 440 mil manifestações de interesse, está resolvido na medida em que 170 mil não compareceram em momento algum”, o que significa “notificações para a extinção administrativa desses processos”.

“No remanescente, à volta dos 260 mil que foram objeto de agendamento e atendimento, há um primeiro bloco de cerca de 50% que já está tratado”, estando a “ser trabalhado um segundo bloco”, referiu o presidente da AIMA.

 

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