Os agricultores da ilha Graciosa apelaram hoje ao Governo dos Açores para arranjar uma solução alternativa ao navio que transporta gado, que se encontra em doca seca, o que está a “afetar seriamente” o rendimento daqueles profissionais.
Os agricultores referem que, “apesar de o Governo dos Açores ter conseguido que a ilha Graciosa tivesse transportes marítimos com um toque semanal, o último embarque de gado aconteceu há praticamente um mês (23 de abril)”.
“Hoje estava previsto a saída de cerca de 200 cabeças de gado bovino, mas não aconteceu porque o navio que normalmente faz a rota está em doca seca e o que está em substituição apenas faz tráfego local, sem a possibilidade de colocar a tempo o gado num dos portos de expedição de mercadorias para o território continental”, refere-se em nota de imprensa.
De acordo com os agricultores, este cenário está a “colocar em causa a comercialização e a penalizar fortemente os produtores, uma vez que está a privar a normal expedição de gado bovino”.
O assunto “já foi abordado por diversas vezes” nos Conselhos de Ilha e junto da secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas e do presidente do Governo, José Manuel Bolieiro (PSD), “nomeadamente na última visita estatutária”, indicaram.
Os agricultores apontam que “nunca o preço do gado vivo esteve tão alto ao produtor graciosense”, o que, aliado ao maior escoamento de animais, “torna mais competitivo que o abate local para expedição”.
Pretende-se que o Governo dos Açores tenha uma “intervenção pronta e sustentável para resolver este constrangimento que está afetar seriamente o rendimento dos agricultores da Graciosa”, concluem