O Governo dos Açores pretende investir cerca de três milhões de euros na obra de proteção da orla costeira na zona de Porto Pim, na ilha do Faial, nos Açores, uma das mais fustigadas pelo furacão Lorenzo, em outubro de 2019.
“Prevemos que isto possa chegar aos 3 milhões de euros. Estamos a falar de uma execução que só vai ocorrer em 2026, e o projeto ainda não está concluído, portanto, haverá, certamente, alguns ajustamentos a fazer”, explicou hoje Berta Cabral, secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, na apresentação do estudo prévio, na cidade da Horta, adiantando que o custo final da intervenção poderá ainda sofrer alterações.
A governante destacou, por outro lado, que a obra projetada, vai garantir a proteção das moradias mais próximas, e das pessoas que nessas residem, em caso de galgamentos do mar, mas também permitir uma utilização da futura infraestrutura, na vertente turística.
“Por um lado, pretendemos proteger a orla costeira e as populações. Esse era o objetivo número um! O número dois era preservar o património do Forte de São Sebastião e do Reduto da Patrulha [fortificações construídas nos séculos XIX e XVII, respetivamente], e em terceiro lugar, tentar também que houvesse um usufruto da baía, por parte dos residentes e do turismo”, explicou Berta Cabral.
O estudo prévio agora apresentado pela empresa Consulmar prevê a construção de um enrocamento em pedra, junto à estrada municipal, alternado com dois patamares de betão, de diferentes alturas, para ajudar a dissipar as ondas do mar, antes de poderem atingirem o atual muro de proteção, que separa o mar da estrada e das moradias mais próximas.
O autor do projeto explicou, durante a cerimónia de apresentação, que as zonas de betão armado que serão construídas no local, com acesso direto ao mar, poderão ser utilizadas como zonas de lazer (solário), tanto por parte dos moradores mais próximos, como dos turistas que visitem a ilha.
A secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas admite que, depois de concluído o projeto de execução, o mesmo possa ser submetido a testes, em modelo reduzido, no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).