No próximo dia 18 de maio de 2025, os portugueses serão novamente chamados às urnas para, e uma vez mais em tão pouco tempo, decidir o futuro político do país. A importância do respetivo ato eleitoral, mais do que escolher um partido ou um líder político, centra-se, única e exclusivamente, na premente necessidade de alcançarmos a estabilidade governamental.
Há muito que Portugal precisa, como água para a boca, de um governo que consiga completar uma legislatura sem interrupções, eficiente, capaz de devolver a credibilidade da classe política na gestão da coisa pública.
Nos últimos anos, temos vindo a testemunhar várias governações instáveis e crises políticas que comprometem a olhos vistos o avanço do país. Vários têm sido os projetos estratégicos adiados,os financiamentos europeus desperdiçados,os casos e “casinhos” mediatizados, extrapolados, que para além de irrelevantes no que diz respeito ao desenvolvimento da nossa sociedade, só vêm instigar o ódio, o medo e revelar um espectro de ansiedade a uma população à beira de um colapso de confiança no sistema político português e nos seus diferentes atores, independentemente dosseus quadrantes políticos.
Para que Portugal possa finalmente prosperar, é fundamental que os eleitores priorizem o seu voto no projeto político mais capaz de formar um governo apto a cumprir um ciclo completo, o que por sinal irá permitir alcançar a estabilidade política no país, bem como possibilitar que as políticas públicas tenham o tempo necessário para germinar o seu real impacto.
Além disso, a estabilidade política é um fator determinante para a confiança dos investidores. Num país com um extrato económico como o nosso, e apesar do desempenho económico acima da média europeia em 2024, tendo o PIB aumentado 2,7%, o terceiro maior crescimento homólogo do PIB entre os países da zona euro, é fulcral continuar a aumentar a nossa competitividade económica.
É certo que os países que conseguem manter governos estáveis conseguem mais facilmente colher frutos na educação, na saúde e na economia, pois a previsibilidade permite um planeamento mais eficaz e sustentável.
O país precisa de confiança, de continuidade e de uma liderança comprometida com o presente e com o futuro. Portugal não pode continuar refém de ciclos curtos, nem à boleia de constantes recomeços.