O cabeça-de-lista do CHEGA pelo círculo dos Açores às eleições legislativas de 10 de março, Francisco Lima, defendeu esta segunda-feira, em Água de Pau, um conjunto de propostas com foco na habitação e na “justiça social”, que o partido pretende apresentar na Assembleia da República.

Numa freguesia do concelho de Lagoa onde se têm feito sentir as dificuldades no acesso à habitação, Francisco Lima destacou a proposta do CHEGA para agilizar os processos de auto-construção financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), alertando para o risco de devolução de verbas à União Europeia caso os atrasos persistam.

“Defendemos a criação de uma delegação do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU, I.P.) nos Açores para que os projetos sejam aprovados com mais celeridade. Neste momento, há atrasos de vários meses e o Governo da República, liderado por Luís Montenegro, não tem feito nada para desburocratizar o país”, acusou o candidato.

Acompanhado por José Pacheco, líder regional do partido, e pelos restantes candidatos da lista, Francisco Lima percorreu as ruas da freguesia, onde, segundo o próprio, foi confrontado com a indignação de muitos açorianos “que trabalharam toda a vida e hoje recebem reformas de miséria, enquanto outros vivem sem trabalhar e com apoios sociais garantidos”.

O candidato reiterou que o CHEGA continuará a exigir a revisão do Rendimento Social de Inserção (RSI), propondo uma aplicação mais rigorosa do apoio. “Não aceitamos que existam pessoas em idade ativa que estejam em casa sem fazer nada. O RSI deve ser atribuído apenas a quem realmente precisa”, frisou.

Francisco Lima sublinhou ainda a correlação entre a votação no CHEGA e os concelhos com maior número de beneficiários deste apoio social. “É nas zonas onde o RSI é mais elevado que o CHEGA obtém melhores resultados. São os indignados que nos dão força, aqueles que sentem na pele o peso de um sistema injusto”, concluiu.

 

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