A autarquia do Corvo, nos Açores, concluiu a recuperação de um edifício antigo e transformou-o num centro interpretativo para preservar a memória do passado baleeiro e “a forte ligação” da ilha ao mar, adiantou hoje o município.
O presidente do único município do Corvo, José Manuel Silva, adiantou à agência Lusa que o Centro Interpretativo Eduardo Guimarães – Caminhos de Memória, resulta da recuperação de “um pequeno imóvel”, que passará a contar com conteúdos expositivos que marcaram a história local em termos de baleação e de património do mar.
Com abertura prevista para o verão, o edifício está localizado na zona sobranceira ao cais, junto do miradouro da Vigia, segundo o autarca.
“A obra de recuperação do imóvel já está concluída, faltando apenas a montagem dos equipamentos e a tradução dos conteúdos informativos para que possa abrir ao público durante o verão”, adiantou José Manuel Silva (PS).
Segundo o autarca do Corvo, a mais pequena ilha dos Açores, onde residem cerca de 400 pessoas, o espaço contará com painéis e ecrãs interativos, expositores de aguarelas e de artesanato, entre outros elementos informativos.
“Espera-se que esse centro interpretativo possa recuperar a memória da baleação, que também existiu no Corvo, e a forte ligação da ilha ao mar e outros conhecimentos da história do Corvo que estarão disponíveis para quem visitar o espaço, cuja entrada será gratuita”, sublinhou.
O presidente da única Câmara Municipal do Corvo explicou que a intervenção teve um custo total superior a 64 mil euros, com uma comparticipação de 98% do investimento no âmbito do Fundo para o Desenvolvimento para as Freguesias.
“O financiamento foi possível porque o Governo reconheceu o direito do Corvo, a única ilha sem freguesias, a beneficiar dos Fundos, na sequência de candidaturas efetuadas pelas freguesias”, explicou.
O centro interpretativo terá a designação Eduardo Guimarães “em homenagem ao primeiro coordenador técnico do projeto do Eco Museu do Corvo”, acrescentou à Lusa José Manuel Silva.