Pedro Amaral, cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelos Açores às eleições legislativas nacionais, defendeu esta semana a necessidade de um discurso mais tolerante e aberto na Assembleia da República, na sequência de uma reunião com a associação “As Cores dos Açores”, entidade que trabalha na defesa e promoção dos Direitos Humanos da comunidade LGBTQIA+.
Durante o encontro, Pedro Amaral recordou que foi por iniciativa do Bloco de Esquerda que Portugal consagrou o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, em 2010, e o direito à adoção por casais homossexuais, em 2015.
Apesar dos avanços alcançados, o candidato do BE sublinhou que “há ainda muito mais a fazer, em particular nos Açores”. Como exemplo, apontou as dificuldades que pessoas transexuais enfrentam na região para aceder a processos de transição, obrigadas a deslocar-se à ilha de São Miguel, onde, segundo afirmou, “os recursos são muito limitados”.
Pedro Amaral alertou ainda para o contexto atual, que classificou como um “tempo extremamente obscuro, onde o debate parece estar completamente cerrado”, considerando que “a liberdade está sob ataque”. Nesse sentido, reforçou a necessidade de a Assembleia da República adotar uma postura de maior tolerância e abertura.