O líder regional do PS/Açores defendeu hoje a “criação urgente” de um plano de contingência regional para apoiar as empresas açorianas face a variações nos mercados internacionais, nomeadamente aquelas que exportam para os Estados Unidos.

“O Governo Regional [PSD/CDS-PP/PPM] já devia estar a trabalhar num programa de apoio específico para estas empresas, de forma a garantir a sua competitividade e sustentabilidade”, disse hoje Francisco César.

O dirigente socialista, citado num comunicado de imprensa do partido, manifestou preocupação com as dificuldades sentidas pelas empresas açorianas, salientando “os constrangimentos no transporte de mercadorias de e para a região, mas também em relação aos impostos que as mesmas pagam”.

“Os transportes, por exemplo, não respondem às necessidades de quem quer produzir e exportar”, afirmou.

Francisco César referiu que o PS conseguiu, no âmbito das negociações com a República, alterar o modelo de transportes marítimos de carga e mercadorias, “assegurando um sistema mais eficaz e estável” para as empresas do arquipélago.

O líder socialista açoriano defendeu, a nível fiscal, uma redução do IRC para as empresas que valorizem os salários e reinvistam na sua atividade, sublinhando que “quanto mais produtivas forem, mais riqueza podem gerar e melhores salários podem pagar”.

Também recordou que, “ao longo do último ano, foi o PS que garantiu a descida adicional do IRS para a maioria das famílias, pelo aumento de 600 euros para 800 euros da dedução dos encargos com rendas em IRS e pela duplicação do consumo de eletricidade abrangido pela taxa reduzida de IVA, medidas aprovadas com os votos contra de PSD e CDS”.

“O que o PS propõe é claro: beneficiar a maioria das famílias, promover uma distribuição mais justa do esforço fiscal e incentivar o investimento produtivo. A alternativa da direita, com a sua proposta de redução do IRC no valor de 1.500 milhões de euros, beneficia apenas uma minoria e esgota recursos públicos sem impacto na vida das famílias”, disse o dirigente socialista, que visitou hoje uma fábrica de aperitivos em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Das propostas para melhorar o nível de vida das famílias, destacou o compromisso do partido em “tornar permanente a aplicação do IVA Zero a um cabaz de bens alimentares essenciais – medida que demonstrou eficácia durante a pandemia [de covid-19] – e a aplicação da taxa reduzida de 6% do IVA a toda a fatura da eletricidade para consumos até 6,5 kVA, abrangendo praticamente toda a população açoriana”.

“Estas medidas têm um impacto direto na vida das pessoas. Reduzem os custos com bens essenciais e com a eletricidade, libertando rendimento para as famílias. Isso é justiça fiscal e económica”, admitiu.

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