A educação é o caminho mais seguro para o desenvolvimento económico e a coesão social. Indiscutivelmente, este é o investimento mais prometedor, estrutural e com futuro que um país ou uma região pode fazer.
A tarefa não é fácil e muito menos imediata. Há uma carga cultural de indiferença à escola e aos benefícios do ensino que importa ultrapassar e isso, sabemos, demora a mudar. Também convém recordar, passaram apenas duas gerações, o que é pouco tempo, sobre a democratização do acesso à educação, curiosamente, um processo iniciado ainda no Estado Novo por Veiga Simão. E mais recente ainda é o alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos.
Nos Açores, um dos nossos maiores desafios é precisamente a qualificação dos recursos humanos, o que implica, entre outras coisas, reduzir a taxa de abandono precoce de educação e formação. Até porque neste domínio estamos muito longe dos indicadores nacionais e europeus e isso reflete-se na competitividade das empresas, nos rendimentos do trabalho e, inevitavelmente, no progresso social.
Desde 2020, temos testemunhado uma redução significativa da taxa de abandono precoce de educação e formação, que passou de 27 por cento para menos de 20 por cento no ano passado. Esse é o resultado do compromisso regional para garantir uma educação de qualidade e inclusiva para todos os nossos jovens, traduzido em relevantes investimentos em infraestruturas e tecnologia de ensino, reforço dos agentes educativos e valorização da carreira docente. Estrategicamente vamos preparando um futuro seguro e promissor para todos.