Sob os holofotes públicos e suspeita, “à inteira disposição” é uma expressão dissuasora do primeiro impacto de incitamento à culpa até que se desvaneça a capacidade de suster os auditórios na categoria de “blockbuster”. A oratória, espécie de armadura que serve de exosqueleto até à próxima justa, onde se verificará que todos os protagonistas correm os mesmos ‘riscos’ a fim de privilégios, direta ou indiretamente, através de formulações-pressupostos de prerrogativa, i.e., sem irrogações. Uma matéria já revestida de omnicompreensibilidade, desde a condenação à morte de Sócrates – o filósofo de Atenas ̶ por fidelidade aos seus princípios, passando pelo marketing de comunicação dos dias de hoje, aplicado à aparência de bem-comportado, mesmo associal, mas integrado, sempre que esteja a ser observado, até ao despudor do comportamento reprovável à razão de um superior interesse populista, a breve trecho melhor elucidado a partir do conceito de [decadência sustentável].

Sem sucumbirmos, por anamnese, continuaremos muito melhor se não abrirmos mão, aos políticos, de nenhum domínio dos nossos princípios, valores, pensamentos e opiniões expressas. Tudo isto sob vigília orwelliana e já em prática na “vizinhança” ou melhor na família democrática à qual nós pertencemos. Sendo o Estado o complexo nervoso da nação, que se encontra a exaurir o seu centro de gravidade, a classe média, através dos impostos, tem ainda dificuldade em aplicar, reestruturar e desenvolver-se com os subsídios externos que sem contrapartidas o farão refém, por falta de autonomia mínima, de um centralismo anistórico, ou melhor, do totalitarismo democrático… aquele que permeia legitimamente as instituições democráticas, dado o esboroar da predominância do clássico Estado-nação, assincronicamente. Sai desta premissa, de que foram formadas as organizações internacionais como a UE, a NATO e a ONU, as mais notáveis, a substância pela qual a vitória, dos aliados na Segunda Guerra Mundial, sobre o fascismo e o Nazismo e não sobre o totalitarismo que de resto definiu o arranjo do pós-guerra. Se há alguma abjeção, naquele regime político (Totalitarismo) existe a interpenetração na aceleração da integração da Ucrânia na UE sem o aquis communautaire.

Bem, ainda no tríptico da abjeção, a presença dos fabricantes de armamento, no pacto de segurança, como ‘parte’, é de travestismo ponderado da ‘imaculada’ imagem dos atores políticos, porventura, um salvo conduto para integração no espectro político, de isenção e de imparcialidade relativas, seiva das democracias disfuncionais em balsas na deriva de “regimes de verdade” (Foucault) por de códigos modificados; e.g., reimaginar a marca “Rearmar Europa”, que mudou de nome, para camuflar 650 mil milhões de euros provenientes do aumento das dívidas soberanas dos Estados-membros dos 800 mil milhões anunciados com propriedade pela Comissão Europeia, para um plano a 4 anos… o que pensaria o general marechal Erwin Rommel dos cérebros desta produção instantânea? ̶ Ridículos!

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