O Chega/Açores questionou o Governo Regional sobre a tarifa de fornecimento de energia elétrica nos portos do arquipélago, alegando haver diferenças entre ilhas no valor cobrado, foi hoje anunciado.

O partido adiantou, em comunicado de imprensa, ter entregado um requerimento ao executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), através do parlamento, em que aponta que a empresa Portos dos Açores “cobra o fornecimento de eletricidade a contentores frigoríficos de forma horária em alguns portos da região – Ponta Delgada, Vila do Porto, Praia da Vitória e Praia da Graciosa -, mas nos restantes “é cobrada a tarifa por dia indivisível, independentemente do tempo efetivo de ligação à corrente elétrica”.

Os eleitos assinalam que, no caso da ilha das Flores, onde o porto das Lajes ficou destruído devido ao furacão Lorenzo em 2019, “a mercadoria tem de ficar armazenada em contentor de frio”, porque “não pode ser recolhida durante a noite”, mas a eletricidade “é cobrada ao dia e não à hora”.

Os deputados do Chega/Açores pretendem saber porque não é uniformizada a tarifa de fornecimento de energia elétrica em todos os portos do arquipélago e se está disponível alguma isenção de taxas ou outros mecanismos no porto das Lajes das Flores, “de modo a mitigar os prejuízos sofridos pelas empresas locais”.

Questionam também se estão a ser equacionadas medidas de apoio ou compensação “para minimizar o impacto financeiro que os atrasos e cobranças excessivas têm nas empresas locais, especialmente nas ilhas de menor dimensão económica”.

Segundo o deputado José Paulo Sousa, citado na nota de imprensa, esta situação tem implicado “enormes prejuízos” junto dos empresários locais.

“Esta é uma situação que se arrasta no tempo e repete-se ao longo do ano, elevando ainda mais os prejuízos e dificuldades dos empresários das Flores”, denunciou o deputado, garantindo que os empresários “já se dirigiram por diversas vezes à Portos dos Açores, mas sem respostas concretas”.

 

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