O Conselho Nacional do CDS-PP aprovou hoje uma proposta que prevê que o partido concorra às legislativas coligado com o PSD nos círculos do continente, Madeira e emigração e que o PPM se junte apenas nos Açores.
De acordo com fontes presentes na reunião, que decorre à porta fechada na sede do partido, em Lisboa, os conselheiros nacionais aprovaram esta proposta por unanimidade.
Em 2024, PSD, CDS-PP e PPM fizeram uma coligação pré-eleitoral, a Aliança Democrática (AD), que venceu as legislativas de 10 de março, por uma diferença de 50 mil votos sobre o PS.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião, o presidente do CDS-PP afirmou que o partido “tem um acordo com o PSD para uma coligação que se designa Aliança Democrática, tal qual sucedeu nas últimas eleições legislativas e que vai a votos de forma totalmente legal”, e disse acreditar que não há “nenhum problema” em manter o nome da coligação que concorreu no ano passado.
“Eu considero que a coligação é legítima, tendo em conta até que as coligações se extinguem depois do fim de um ciclo de mandatos e, por isso, esta é uma outra coligação que tem essa designação, e não vejo nisso nenhum problema”, sustentou.
Mais à frente, Nuno Melo foi questionado sobre declarações do secretário-geral do PSD, Hugo Soares, que defendeu que “não há nada que impeça a utilização da nomenclatura AD do ponto de vista desta candidatura”, e indicou que nos próximos dias os jornalistas seriam “serão informados qual será o nome da coligação que vai ser registada”.
“Não fui eu que tratei dos aspetos jurídicos e procedimentais da coligação em si mesmo, sei que certamente haverá uma coligação que será essa da Aliança Democrática ou o equivalente à Aliança Democrática, mas que principalmente consiga significar aquilo que foi este projeto político para o país, que nasceu há pouco mais de um ano atrás, que se concretizou em eleições há cerca de 11 meses e que deverá ter continuidade”, afirmou.
Questionado sobre o porquê de o PPM ficar de fora desta coligação, o líder do CDS-PP recusou comentar, dizendo que não lhe compete nem lhe interessa “escorrer muito à volta do tema”.
Nuno Melo mostrou-se também convicto de uma nova vitória mas questionado se poderá manter-se como ministro da Defesa Nacional, remeteu para mais tarde, justificando que “a composição de um governo compete ao primeiro-ministro”.
“Tenho a certeza que o CDS será uma parcela fundamental desta coligação para a vitória que, eu acredito, teremos nas próximas eleições legislativas”, afirmou, salientando que “o CDS é um partido que aceita responsabilidades e é um partido que traz estabilidade ao país”.