O PS/Açores alertou hoje para a falta de respostas no arquipélago para doentes de Machado-Joseph, pedindo “celeridade” ao Governo Regional para evitar deslocações de doentes ao estrangeiro para receberem tratamento.

Num comunicado, o maior partido da oposição demonstra “preocupação com a demora na operacionalização do equipamento” destinado ao tratamento daqueles doentes que foi “entregue ao Hospital do Divino Espírito Santo em dezembro de 2024”, já que os profissionais de saúde “só terão formação em maio de 2025”.

“Estamos perante uma situação demasiado morosa, quando há doentes que necessitam urgentemente deste tratamento e estão a deslocar-se ao Brasil para o fazer”, lê-se na nota de imprensa.

Os socialistas defendem que o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) tem de “assumir a responsabilidade” para que os doentes tenham acesso aos tratamentos sem terem de “recorrer a campanhas de angariação de fundos ou a deslocações ao estrangeiro”.

“O PS/Açores apela, assim, ao Governo para que agilize o processo de formação e colocação em funcionamento do equipamento já adquirido e para que explore soluções que permitam o acompanhamento adequado dos doentes de Machado-Joseph”, destaca o partido.

Os deputados socialistas José Eduardo e Dora Valadão, eleitos pelas Flores, estiveram hoje reunidos com a Associação Mão Amiga, que representa os doentes desta patologia na ilha.

A doença de Machado-Joseph caracteriza-se por descoordenação motora, atrofia muscular, rigidez dos membros e dificuldades na deglutição, fala e visão, que se associam a um progressivo dano de zonas cerebrais específicas.

A doença, de natureza genética, apresenta uma elevada taxa de incidência nas Flores, registando-se ainda alguns casos noutras ilhas do arquipélago.

 

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