O Partido Popular Monárquico (PPM) manifestou hoje, o seu apoio incondicional ao Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, e apelou ao sentido de responsabilidade de todas as forças políticas, alertando para os riscos de se precipitar uma crise política que considera “absolutamente injustificada”.
Numa declaração oficial assinada pelo Presidente da Comissão Política Nacional, Gonçalo da Câmara Pereira, e pelo Secretário-Geral, Paulo Estêvão, o PPM recorda a sua histórica participação na Aliança Democrática (AD), juntamente com o PSD e o CDS-PP, em 1979 e 1980. Segundo o partido, “essa coligação foi reafirmada na sequência das eleições de 10 de março de 2024, sem qualquer exigência de contrapartidas ou presença no Governo ou na Assembleia da República”.
O PPM sublinha que integrou a AD em nome do interesse nacional, com o objetivo de contribuir para um novo ciclo político que permitisse ultrapassar bloqueios estruturais, conflitos laborais e a inércia decisória que, segundo o partido, marcaram a governação anterior. “Não estamos arrependidos”, garante a direção do partido, considerando que o Governo AD tem demonstrado capacidade para resolver, em poucos meses, questões que permaneciam estagnadas e afetavam a paz social no país.
A estrutura monárquica reitera a sua fidelidade à coligação governativa, defendendo que essa posição se insere num compromisso de mais de 50 anos de história partidária e numa aliança política de 46 anos. “Somos leais e vamos permanecer ao lado dos nossos parceiros de coligação, mesmo nos momentos em que o Governo e o Primeiro-Ministro enfrentam dificuldades”, sublinha o comunicado.
O PPM sai ainda em defesa de Luís Montenegro, sublinhando que “a palavra do Primeiro-Ministro merece toda a credibilidade” e que, até ao momento, “não foi provada qualquer irregularidade” por parte do chefe do Executivo. O partido recorda ainda que, a 2 de dezembro de 2024, o Ministério Público arquivou o processo relativo ao licenciamento, construção e atribuição de benefícios fiscais da casa de Espinho de Luís Montenegro, caso que, segundo os monárquicos, foi usado como ferramenta de desgaste político.
Neste contexto, o PPM reafirma a sua “total solidariedade política” com o Primeiro-Ministro, sublinhando a sua confiança na integridade e honestidade de Luís Montenegro. O partido conclui o seu comunicado com um apelo à estabilidade política, considerando que não há fundamentos sólidos para uma crise governativa e alertando para as graves consequências económicas que poderiam advir de tal cenário.