A Secretaria Regional do Mar e das Pescas dos Açores lançou hoje um concurso público para aquisição de equipamento de arrasto para o navio de investigação da Região, pelo valor de 1,4 milhões de euros.

O concurso publicado hoje no Jornal Oficial destina-se à aquisição pela Secretaria Regional do Mar e das Pescas, através da Direção Regional das Pescas, de “equipamento de módulo de equipamento de arrasto para o navio de Investigação da Região Autónoma dos Açores”, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O prazo de execução do contrato é de 180 dias e a apresentação das propostas decorre até às 23:59 do 30.º dia a contar da data da publicação do anúncio.

De acordo com a publicação do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), o preço contratual máximo é de 1,42 milhões de euros (sem IVA) e a adjudicação será feita à proposta que apresente o “mais baixo preço”.

A Região Autónoma dos Açores adquiriu um navio de investigação, em Espanha, que já foi lançado ao mar, e a expectativa é que esteja no arquipélago no final do ano.

O navio foi lançado ao mar no dia 18 de dezembro de 2024, em Vigo, na cerimónia de “bota-abaixo” ou “botadura”, tendo o presidente do Governo Regional dito na ocasião que espera que possa ser um “ativo para o país”.

O navio, com 45,95 metros de comprimento e 10,5 metros de boca, está atracado no porto de Vigo para os estaleiros Armon avançarem para a parte de acabamentos e instalação de equipamentos.

É financiado pelo PRR e está orçado num montante global de 25,8 milhões de euros (19,8 milhões para o navio e seis milhões de euros para os módulos científicos).

O navio vai ter capacidade para atuar, entre outras, em áreas como o mapeamento dos fundos marinhos (batimetria com base em equipamentos acústicos) ou prospeção e exploração biológica de organismos com aptidão biotecnológica.

Deve também operar no apoio ao desenvolvimento de tecnologias de produção de energias renováveis ‘offshore’ ou formação de ativos no âmbito da Escola do Mar dos Açores.

Terá ainda um equipamento acústico eletrónico que maximiza o potencial de investigação da plataforma até uma profundidade de, no mínimo, cinco mil metros.

Tem uma autonomia de 15 dias, inclui camarotes correspondentes à sua lotação máxima, sala de aulas, laboratórios (seco e húmido) e centro de dados.

O navio será registado no Registo de Bandeira Português como navio de investigação, com a lotação mínima de 20 pessoas para navegação global, excluindo as zonas com gelo, dez tripulantes técnicos e dez tripulantes científicos. Adicionalmente, tem lotação para um mínimo de 30 pessoas embarcadas em viagens diárias.

Para além do navio de investigação, o executivo açoriano está a construir o centro experimental de investigação e desenvolvimento ligado ao mar (Tecnopolo MARTEC), na cidade da Horta, na ilha do Faial, que também está a ser edificado no âmbito do PRR.

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