Em 2024, a produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis nos Açores alcançou os 34%. Este resultado foi influenciado pela redução de cerca de 50% da produção geotérmica na ilha Terceira, cuja causa ainda está por determinar, e pela menor geração de energia eólica, devido à menor disponibilidade do vento e à desativação de aerogeradores no final da sua vida útil para substituição por novos equipamentos de maior potência.
Entre as ilhas, destacaram-se São Miguel com 45% de produção renovável, Flores com 46% e Graciosa com 60%. Em determinados períodos do dia, Flores e Graciosa operaram exclusivamente com energia renovável.
Para aumentar a capacidade de geração de energia limpa, estão em curso diversos investimentos. A ampliação da Central Geotérmica do Pico Vermelho e a revitalização da Central Geotérmica da Ribeira Grande permitirão elevar a produção renovável na ilha de São Miguel para valores anuais superiores a 65% a partir de 2027.
Paralelamente, está em curso a renovação e ampliação dos parques eólicos do Figueiral (Santa Maria), do Pico da Urze (São Jorge) e da Boca da Vereda (Flores). Os aerogeradores atualmente instalados, da fabricante alemã ENERCON, datam de 2002 e possuem uma potência unitária nominal de 300 kW. Estes equipamentos estão a ser substituídos por novos modelos de maior potência unitária, também da ENERCON, com 900 kW.
Com esta modernização, Santa Maria passará de cinco aerogeradores com 1500 kW para três novos aerogeradores que totalizam 2700 kW. Em São Jorge, os seis aerogeradores anteriores (1800 kW) darão lugar a cinco novos, com uma potência total de 4500 kW. Na ilha das Flores, os dois aerogeradores existentes (600 kW) serão substituídos por um novo equipamento de 900 kW.
A entrada em operação dos novos parques eólicos está prevista para o final de 2025. Durante o período de transição, a produção eólica nas três ilhas será temporariamente reduzida, mas, após a conclusão dos investimentos, que totalizam 16,6 milhões de euros, estima-se que a produção eólica anual dessas ilhas aumente de 12% para cerca de 30%. Este crescimento será reforçado pela implementação de sistemas de resposta rápida e estabilização da rede elétrica por baterias, a cargo da EDA.