Gravitamos à volta da democracia incrustada de platitudes conquanto por vontade própria a finalidade de a encontrarmos a recomendável ao invés de minada de modo a que aos seus curadores não aconteça terem de se castrar para não pecar, como Orígenes. Ou melhor, através dela a política tornou-se uma fonte de problemas. Pois já não conseguem racionalidade no que dizem, condicionados a processos de écfrase, o método democrático desvirtuado subordina-se a legitimar, com menos demo, as normas de proteção às arquiteturas poderosas de novos possíveis, destituídos de ‘alopatia’, i.e., sem contraditório e faculdades do género, open source para detentores de cargos políticos – sem generalizar – com a ajuda do reposteiro; um antigo encarregado de correr os cortinados do soberano, metáfora para a forma de dissimular e mesmo abafar os processos críticos, em que se transformam, ad nauseam, todos os ‘especialistas’. Leia-se, os mercenários do comentário.

Sob tensão das ordens executivas, ‘discricionárias’, anda a Europa, assimilada por uma cultura de polissemia política, da doxa americana para exportação, a troco de Defesa e aceita, em modo ‘sem custo para o utilizador’, pensam os incautos e idealistas, um combinado cunhado, “multiculturalismo” de facto, plastificados os esforços de transformações político-culturais em cada Estado-Membro. Encontramo-nos em exéquias e ressurreições de bom senso perante a “revolução do senso comum”. Não tenha alguém encontrado o crânio e a mão direita de Thomas Paine; “(…) a nossa calamidade aumenta pela reflexão de que nós é que fornecemos os meios pelos quais sofremos. (…)”. Iniciado o novo teatro político em Washington, esta contraparte, vai determinar tudo, por força de derivas do protecionismo… rendíveis em negociação com o parceiro Europa incapaz de propugnar, o superior interesse americano.

O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, foi ‘chamado’ a terreiro para falar das várias depreciações; refugiou-se no Direito correspondente, ora na contingência de ir ao encontro das interações bilaterais, ora a escorregar “de encontro” à convergência datada, da pretensa revolução e pretenso fogo fátuo, do Presidente Trump. Complexo sintoma do policentrismo. Da narrativa europeia suscita a necessidade da “ecologia da atenção”, pelo que foi reafirmado, seguramente, do ângulo da deserção democrática.

Do não refletir a vontade dos cidadãos vem o espectro renascente, um nexo de renovação económica e social, motorizado pela nova fase da era da tecno-oligarquia que se consolida com as devidas nuances, geocultural e “privatismo cívico” de Jürgen Habermas, do século passado?

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