Cresce o risco de uma guerra global de grandes dimensões. Escondidas ficam sempre as verdadeiras razões. Ninguém diz que quer garantir à bomba os seus negócios e o controlo de riquezas naturais. As razões parecem sempre bonitas: matam e destroem para salvar a democracia, os direitos humanos e a liberdade e o secretário geral da NATO veio a Portugal para, entre mentiras e deturpações, exigir a triplicação das despesas militares. Chantageou e decretou que temos de as colocar ao serviço da NATO – ou seja, dos EUA. Para isso, acha que temos de cortar nas pensões, saúde e educação.
Infelizmente, o PCP foi o único partido a denunciar que a vinda da NATO assume objetivos contrários à Paz e ao Direito Internacional, que se insere na promoção da guerra e que serve em exclusivo a indústria do armamento. Do lado oposto está quem sofre sempre com a guerra: o Povo, em particular as Crianças. É urgente abrir vias diplomáticas e políticas para a resolução dos conflitos! É urgente colocar os recursos disponíveis ao serviço do desenvolvimento social!
A verdadeira razão para esta deriva militarista é a perda do domínio mundial por parte dos EUA. A grande ameaça à paz mundial está nos EUA e na NATO, responsáveis por quase 60% dos gastos militares. Em quase 51 anos de Democracia, Portugal só esteve em risco de ser invadido por um país: os EUA, que já reconheceram que teriam agido militarmente se discordassem do rumo político, o que é o mesmo que dizer se os seus interesses económicos e geopolíticos estivessem em causa. Para quem queira saber mais, os livros disponíveis gratuitamente no site AbrilAbril divulgam telegramas da embaixada dos EUA, tristemente esclarecedores (https://www.abrilabril.pt/o-25-de-abril-visto-da-embaixada-norte-americana).
Em 5 décadas, os nossos soldados só arriscaram a vida em cenários de guerra contrários aos interesses nacionais: Jugoslávia, Afeganistão e Iraque. Portanto, nada disto começou com a eleição de Trump. Apenas chegou a sua vez de defender os interesses do grande poder económico, decidido a apostar na guerra. Só que a História não chegou ao fim e mostra-nos, também, que os Povos se mobilizam e lutam para exigir Paz!