A Câmara Municipal da Horta e a Junta de Freguesia das Angústias pediram ao Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) uma “intervenção urgente” na reabilitação do castelo de São Sebastião, localizado naquela freguesia da ilha do Faial.
O pedido consta de uma missiva que o presidente da Câmara Municipal da Horta, Carlos Ferreira, enviou à presidência do Governo Regional e aos secretários regionais com as tutelas do Mar, da Cultura e das Obras Públicas, após uma reunião com Bruna Gomes, presidente da Junta de Freguesia das Angústias.
Segundo um comunicado publicado na página da internet do município da Horta, no documento “alerta-se para a progressiva degradação e para a recente queda de pedras da muralha daquele edificado, que é património histórico”.
Os dois autarcas reforçam que a intervenção deve ser iniciada “com a maior urgência”, recorrendo à verba inscrita no orçamento da Região para 2025.
“O problema da degradação do castelo de São Sebastião é antigo, e já em 2002 o Governo Regional de então reconhecia a situação, que se agravou ao longo de duas décadas”, lê-se.
No documento assinado por Carlos Ferreira é recordado que, em 2019, “ocorreu um agravamento significativo na sequência do furacão Lorenzo [que atingiu o arquipélago em outubro], com danos na muralha, que se continua a degradar, com a sucessiva queda de pedras, o que requer uma intervenção urgente e prioritária”.
De acordo com o município da Horta, o Governo açoriano “anunciou para breve a apresentação pública dos projetos de Reforço da Proteção Costeira e Recuperação do Castelo de São Sebastião, do Reduto da Patrulha e Muralhas adjacentes, estando inscrita no Orçamento de 2025 uma dotação financeira de 195.700 euros, para um investimento plurianual”.
O forte de São Sebastião – que é referido localmente como castelo de São Sebastião -, também já foi conhecido por forte da Cruz dos Mortos, segundo a Direção Regional da Cultura dos Açores.
“É, com toda a probabilidade, o forte de Nossa Senhora das Angústias, relacionado em inícios do século XVIII pelo general Castelo Branco. A sua construção deverá remontar a inícios do século XVII, durante o domínio filipino”, lê-se.
De acordo com a fonte, o monumento “está edificado sobre rocha firme, e é banhado pelo mar da baía de Porto Pim por três faces”.
“Tinha função defensiva exclusivamente marítima, já que poderia ser facilmente batido de terra a partir do Monte da Guia, do outro lado da baía, e pelas elevações que lhe ficam mais próximas com domínio sobre ele”, refere a Direção Regional da Cultura dos Açores na sua página da internet.