O Chega/Açores requereu o agendamento de um debate de urgência na Assembleia Legislativa, para a sessão de fevereiro, sobre o hospital de Ponta Delgada, alegando que é preciso esclarecer “todas as decisões” tomadas após o incêndio, foi hoje anunciado.

O hospital de Ponta Delgada, o maior dos Açores, foi afetado por um incêndio em 04 de maio de 2024, que obrigou à transferência de todos os doentes internados para outras unidades de saúde, incluindo para fora da região.

Entretanto, o executivo dos Açores instalou um hospital modular para garantir a transição até à requalificação estrutural do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), na ilha de São Miguel.

Para os deputados do Chega/Açores no parlamento açoriano, “é necessário esclarecer toda a situação envolvendo as decisões tomadas após o incêndio” que deflagrou no HDES, que levaram à instalação do hospital modular.

Citado numa nota de imprensa enviada hoje às redações, o líder parlamentar do Chega, José Pacheco, justifica que a instalação do hospital modular “foi criticada, em comissão parlamentar, por um membro da anterior administração do HDES, que afirmou que em agosto era possível ter o hospital a funcionar tal como antes do incêndio”.

“Não podemos andar a brincar com um assunto tão sério”, aponta o deputado, denunciando que foram canceladas consultas, exames e “adiados diagnósticos” médicos, porque, “supostamente, o hospital precisava de obras e não era fácil recuperar os danos”.

Para o parlamentar “também é muito grave” avançar para uma solução modular sem discutir a opção com o conselho de administração do maior hospital dos Açores e que tal “tenha sido, aparentemente, imposto pela direção clínica e pela tutela”.

“E, não nos podemos esquecer que a direção clínica era liderada pela atual presidente do conselho de administração. Há muita coisa que precisa de ser bem esclarecida”, defende José Pacheco.

O Chega/Açores sustenta que “está em causa a saúde dos açorianos”, questionando os “milhões de euros” gastos no hospital modular e no seu equipamento.

“É preciso esclarecer tudo isto”, vinca José Pacheco.

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