Na homilia de Natal, o Bispo de Angra, Dom Armando Esteves, sublinhou a mensagem central da celebração: “Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz!” Enaltecendo o nascimento de Cristo como a luz que ilumina os tempos atuais, o prelado lembrou que a encarnação do Verbo é um convite à solidariedade e ao perdão.
“O Natal é o grande assombro em que Deus, ao contrário do homem que deseja acumular e comandar, escolhe descer, servir e doar-se em amor”, afirmou, citando Leonardo Boff: “Cada menino quer ser homem, cada homem quer ser rei, e cada rei quer ser ‘deus’. Só Deus quer ser criança.”
Este Natal marca também o início do Jubileu da Esperança, um tempo especial de reflexão e transformação, inaugurado pelo Papa Francisco com a abertura da primeira Porta Santa na Basílica de São Pedro. Segundo o bispo, a abertura de uma segunda Porta Santa, na prisão romana de Rebibbia, é um forte apelo à misericórdia, ao perdão e ao recomeço.
Dom Armando destacou ainda a importância de abrir “as portas do coração, das casas e da vida” a todos, especialmente aos mais vulneráveis, como os presos, doentes, pessoas em situação de rua e aqueles que trabalham pela inclusão social. “Que ninguém fique esquecido. Ele não se esquece de ninguém, nem desiste de ninguém”, reiterou.
A homilia concluiu com votos de um Santo e Feliz Natal a toda a diocese e à diáspora açoriana. Dom Armando apelou à construção de um futuro de paz e amor, sublinhando que “a esperança não desilude, porque a Deus nada é impossível.”
Este Natal de 2024 celebra-se, assim, como um tempo de portas abertas, reconciliação e renascimento espiritual.