O presidente do Governo açoriano afirmou que o Núcleo da Autonomia dos Açores “honra” a história, mas alertou que são “inúmeros” os desafios na conquista de “mais e melhor” autonomia, porque “os centralistas estão sempre por aí”.
“O nosso desiderato com este espaço museológico é simples. É o de que honremos a nossa história e património cultural imaterial, que possamos, com o acesso que aqui facilitamos à documentação, exposta com boa didática, contribuir para o desenvolvimento dos estudos científicos dos processos históricos que fizeram a construção das autonomias dos Açores”, afirmou José Manuel Bolieiro.
O chefe do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) falava na inauguração do Núcleo da Autonomia dos Açores do Museu Carlos Machado, localizado num dos espaços do Palácio da Conceição, na cidade de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
O projeto, agora inaugurado, teve a sua génese nos anteriores Governos regionais socialistas, com a designação de Museu da Autonomia.
Na sua intervenção, Bolieiro sublinhou que “não seria razoável adiar a inauguração para data de menor simbolismo”, tendo em conta que se celebram os 50 anos da Revolução de Abril de 1974.
O novo espaço museológico terá a coordenação cientifica e técnica do Museu Carlos Machado.
“Hoje inauguramos o Núcleo da Autonomia dos Açores, um espaço museológico que pretende expor documentalmente a história do nosso percurso autonómico, feito de lutas”, vincou o presidente do Governo Regional.
Para José Manuel Bolieiro, “é nosso dever a nossa defesa do conquistado”, alertando que “os centralistas resistem sempre à progressividade da Autonomia política e desejarão, se possível, fazê-la recuar, nem que seja por infames garrotes financeiros e desrespeito pela condição de povo insular ou dimensão do nosso próprio território, na sua ampla dimensão terrestre, marítima e espacial”.