O Chega/Açores criticou hoje a “inércia” e “incompetência” do Governo Regional, que acusou de estar a “enganar” os terceirenses devido ao encerramento da estrada entre as freguesias do Raminho e da Serreta.

Em comunicado, o partido lembra que aquela via foi encerrada em janeiro devido a uma derrocada e considera que “aqueles poucos metros de estrada estão a tornar-se uma obra de incompetência, de inércia e de desinteresse” do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM).

“Os terceirenses andam a ser enganados, porque a senhora secretária das Infraestruturas diz que há novos perigos nesta estrada, o que levou a que parassem as obras, mas não se sabe quais são esses perigos”, afirmou o deputado do Chega/Açores Francisco Lima, citado na nota de imprensa.

O partido considera que o “assunto já deveria estar resolvido há meses” e critica o dinheiro gasto num caminho alternativo, “onde não consegue passar um autocarro”.

“Há uma canada que existe mesmo aqui ao lado, faziam um desvio, entulhavam devidamente a estrada, faziam socalcos e em seis meses tínhamos o problema resolvido”, defende o parlamentar.

Francisco Lima alerta que a zona norte da Terceira encontra-se num “estado catastrófico” devido ao encerramento da estrada, considerando que a situação “ainda é mais delicada” devido à crise sísmica em curso na ilha.

 “Se houver uma catástrofe em Santa Bárbara, com o vulcão, qual é a via de evacuação? É esta. Mas está intransitável e pode atrasar o socorro”, avisa.

Em 26 de novembro, durante a discussão do Orçamento para 2025, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas adiantou que o executivo já está “a fazer internamente o projeto” para a intervenção naquela estrada, realçando tratar-se de uma obra complexa.

“Não podemos pôr o empreiteiro em risco, não podemos pôr as pessoas que por lá passam em risco, se alguém subscrever isto a gente abre a estrada, mas não vou ser eu a subscrever”, disse então Berta Cabral.

 

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