O Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, reafirmou na quinta-feira, durante a conferência “Ocean Planning: European Participation and the Contribution of the Azores”, realizada no Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico, o papel central da Região em questões de sustentabilidade e inovação marítima.
Na sua intervenção, o líder do executivo açoriano sublinhou que “os Açores estão a liderar a nível internacional na criação da maior rede de Áreas Marinhas Protegidas (AMP) do Atlântico Norte”. Esta liderança reflete-se na recente oficialização da Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores (RAMPA), que assegura a proteção de 30% das águas do arquipélago, alinhando-se com as metas globais da ONU e da União Europeia para 2030.
Bolieiro destacou que “a RAMPA é um exemplo global e um investimento no futuro dos Açores e das gerações vindouras”. Desenvolvido em parceria com a Universidade dos Açores e o programa Blue Azores, o projeto equilibra conservação ambiental com atividades económicas sustentáveis.
A RAMPA já alcançou impacto mediático global, sendo divulgada por 1.103 meios de comunicação de 12 países, incluindo Estados Unidos, França e Rússia, com uma estimativa de três mil milhões de visualizações.
Além disso, Bolieiro anunciou o progresso na instalação do Observatório Europeu do Mar Profundo, a ser sediado no Tecnopolo-MARTEC, no Faial, com um investimento de 28 milhões de euros. Segundo o governante, “o Tecnopolo-MARTEC será um pilar do conhecimento científico e tecnológico do Atlântico, projetando os Açores como centro de referência mundial”.
Outro marco destacado foi o lançamento ao mar, no próximo dia 18 de dezembro, do novo navio de investigação científica dos Açores. Com um investimento de 20 milhões de euros, o navio será essencial para o estudo do Atlântico Nordeste, apoiando biotecnologia e energias renováveis ‘offshore’. “Este navio será mais do que um ativo regional; será um verdadeiro ativo nacional e europeu, capacitado ao mais alto nível tecnológico”, assegurou.
Bolieiro concluiu enfatizando que “os Açores, com quase um milhão de quilómetros quadrados de Zona Económica Exclusiva, são uma Região de oportunidades que projeta o seu potencial no mundo, liderando processos que unem conservação ambiental e desenvolvimento económico”.