O líder parlamentar do PSD/Açores acusou o PS de falta de “humildade democrática” por ter apresentado “propostas concretas” à última da hora, considerando que o Orçamento para 2025 vai “prosseguir o sucesso das políticas não socialistas”.

“Todas as conquistas alcançadas e a alcançar por esta coligação comprovam que os documentos que iremos votar correspondem à vontade dos açorianos e constituem instrumentos para prosseguir com o sucesso das políticas não socialistas que temos vindo a seguir”, declarou João Bruto da Costa.

O social-democrata falava durante as intervenções finais da discussão do Plano e Orçamento da região para 2025, na Assembleia Regional, na Horta.

Bruto da Costa elogiou a atuação do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) por oposição às governações do PS (1996 a 2020) que “puxaram os Açores para trás, esmagaram a classe média e estancaram o empreendedorismo”.

“Queremos fazer dos Açores uma região onde se vive melhor, onde se pagam menos impostos, onde a administração dá melhor resposta aos cidadãos e conduz a melhores resultados do que no passado. Esta disrupção com o passado implica prosseguir reformas e políticas não socialistas”, declarou.

O deputado destacou o “crescimento contínuo de 41 meses” da economia dos Açores, a redução de 2,5 pontos percentuais em 2024 no número de jovens não empregados e fora do sistema de educação (NEET) e o aumento do investimento destino às creches gratuitas.

“Fazemos mais do que o PS alguma vez fez pelas crianças dos Açores”, atirou.

Bruto da Costa considerou que os executivos regionais do PS “levaram muitos a questionar se seria a autonomia a melhor solução para os povos insulares”.

“Por muito que custe a este PS, o Governo Regional da coligação PSD/CDS/PPM está a renovar a esperança – e a certeza – de que em autonomia somos capazes de fazer mais e melhor em benefício dos açorianos, em cada uma das nossas ilhas”, acrescentou.

Bruto da Costa acusou o PS de se “julgar o dono e senhor da verdade” e defendeu que as medidas apresentadas pelos socialistas para viabilizar o Orçamento foram “ideias para fazer conversa”.

“Não basta passar semanas a dizer que se está disponível para dialogar sobre o Orçamento, quando se deixa para a última hora a apresentação de propostas concretas. Tudo isto mostra que a este PS continua a faltar humildade democrática”, afirmou.

O deputado do PSD disse que, para o PS/Açores, a “centralidade do parlamento está no Facebook”, referindo-se ao sentido de voto anunciado pelo líder do PS/Açores, Francisco César, nas redes sociais.

A propósito do Orçamento para 2025, o líder parlamentar do PSD/Açores elogiou o aumento dos apoios sociais, o investimento de 15 milhões de euros para a recuperação do Hospital de Ponta Delgada e os apoios aos custos de produção na agricultura.

“O diálogo tem sido também o motor desta mudança de políticas e desta alteração de rumo para uma governação não socialista dos Açores. Seja no diálogo social, através dos acordos estabelecidos com os parceiros sociais, seja no diálogo parlamentar, estamos a mudar os Açores para melhor”, enalteceu.

O Orçamento dos Açores para 2025, que define as linhas estratégicas do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM para o próximo ano, atinge os 1.913 milhões de euros, dos quais cerca de 819 milhões são destinados aos investimentos previstos no Plano.

A discussão das propostas de Plano e Orçamento para 2025 começou na segunda-feira, na Assembleia Regional, na Horta.

O parlamento dos Açores é composto por 57 deputados, 23 dos quais da bancada do PSD, outros 23 do PS, cinco do Chega, dois do CDS-PP, um do IL, um do PAN, um do BE e um do PPM.

 

PUB