O Chega/Açores disse hoje que “não vai ser o problema” e afirmou que pretende ser a “solução” na governação, apelando ao Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) para ter “compromisso” e “coragem” para “fazer diferente”.
“Nós não vamos ser o problema. Nós vamos ser a solução. Estamos aqui para ser a solução. Ao longo desta semana houve brigas de números. Os açorianos não sabem o que se discutiu aqui dentro. Peço ao Governo Regional, ao senhor presidente, para que haja uma palavra chamada compromisso”, afirmou José Pacheco.
O líder do Chega nos Açores discursava nas intervenções finais da discussão do Plano e Orçamento da região para 2025, na Assembleia Regional, na Horta.
“Não queremos ser o problema. Queremos ser a solução”, sublinhou.
Dirigindo-se à bancada do Governo Regional, José Pacheco apelou aos membros do executivo para se “apaixonarem por aquilo que fazem”.
“Estou aqui em nome do meu partido para dizer que temos de fazer diferente. E fazer diferente não é fazer a mesma coisa com caras diferentes. Fazer diferente é ter coragem”, assinalou.
O deputado salientou a “humildade democrática” do Chega em “negociar com o Governo Regional” ao contrário de outros partidos que “fazem birra de jardim de escola”, numa alusão ao PS.
“Não posso permitir que outros que nada fizeram na vida e que apenas viveram à sombra da política ou da política dos seus parentes hoje me chamem a mim, aos meus pares e ao meu partido de ignorantes, irresponsáveis, extremistas e fascistas”, criticou.
José Pacheco definiu como “falta de seriedade dizer que o Chega vai deixar crianças na porta da rua das creches” a propósito do critério para priorizar filhos de pais com trabalho no acesso às creches proposto pelo partido.
“Quem não quer trabalhar que se desengate. Nós temos de trabalhar para viver”, afirmou.
Momentos antes das intervenções finais, o líder do PS/Açores, Francisco César, defendeu a importância de existir um Orçamento da região “livre de influência de partidos extremistas, fascistas, ignorantes e irresponsáveis como o Chega”, mas realçou que o Governo dos Açores “escolheu o seu caminho” para justificar o voto contra do partido.
O Orçamento dos Açores para 2025, que define as linhas estratégicas do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM para o próximo ano, atinge os 1.913 milhões de euros, dos quais cerca de 819 milhões são destinados aos investimentos previstos no Plano.
A discussão das propostas de Plano e Orçamento para 2025 começou na segunda-feira, na Assembleia Regional, na Horta.
O parlamento dos Açores é composto por 57 deputados, 23 dos quais da bancada do PSD, outros 23 do PS, cinco do Chega, dois do CDS-PP, um do IL, um do PAN, um do BE e um do PPM.