O líder parlamentar do Chega/Açores falou hoje de democracia e da importância do 25 de novembro, numa intervenção no arranque da discussão das propostas de Plano e Orçamento da região para 2025.
“Durante esta semana, e já fomos começando a ouvir, […] uns tudo fazem, outros tudo fariam, outros nada fazem, outros querem fazer. Esta vai ser a retórica durante toda a semana e bem, sabem porquê? Isto chama-se democracia. Visões diferentes para coisas iguais, isto é que é a democracia, isto é que é liberdade”, afirmou José Pacheco.
E prosseguiu: “E, se hoje estamos aqui, tudo se deve à data que hoje se comemora, […] 25 de novembro”.
“O 25 de novembro é que nos permitiu ter a autonomia que temos hoje, o parlamento que temos hoje, a Constituição que temos hoje e o que lá está escrito na Constituição, a liberdade, a liberdade de expressão e uma série de outras coisas que são evocadas aqui todos os dias, mas esquecemos como é que chegámos lá. E chegámos lá com o 25 de novembro”, declarou.
José Pacheco rejeitou ainda a negação do 25 de Abril, mas insistiu que “ocultar e esquecer o 25 de novembro é do mais vil que há em democracia”.
“Viva o 25 de novembro, comunismo nunca mais”, disse o deputado e líder parlamentar do Chega no parlamento açoriano no arranque da discussão do Plano e Orçamento dos Açores para 2025, que começou hoje na cidade da Horta, na ilha do Faial.
Da bancada do Chega também discursou Francisco Lima, que destacou igualmente a importância do 25 de novembro, mas focou alguns aspetos do Orçamento Regional para o próximo ano.
Depois de referir que “o setor empresarial da região é um pesadelo para os contribuintes”, Francisco Lima defendeu que o Governo Regional “deve iniciar de imediato um programa de privatizações” para aliviar os contribuintes de um “pesado fardo”.
A privatização de algumas empresas da esfera do executivo regional é “algo que deve ser feito com a máxima urgência”, insistiu.
Os cinco deputados do Chega/Açores colocaram hoje na frente dos seus computadores a mensagem “25 de novembro sempre, comunismo nunca mais”.
O Orçamento dos Açores para 2025, que define as linhas estratégicas do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM para o próximo ano, atinge os 1.913 milhões de euros, dos quais cerca de 819 milhões são destinados aos investimentos previstos no Plano.
O Orçamento de 2024, aprovado em maio, era no valor de 2.045,5 milhões de euros e semelhante ao apresentado em outubro de 2023 (2.036,7 milhões).
O parlamento dos Açores é composto por 57 deputados, 23 dos quais da bancada do PSD, outros 23 do PS, cinco do Chega, dois do CDS-PP, um do IL, um do PAN, um do BE e um do PPM.