Uma exposição que destaca a figura de Mota Amaral, considerado “um dos grandes impulsionadores da autonomia político-administrativa” dos Açores, está patente até março de 2025 no Palácio da Conceição, em Ponta Delgada, foi hoje divulgado.

A exposição temporária “Nos 50 anos do 25 de Abril – Mota Amaral”, inserida nas comemorações do cinquentenário da Revolução dos Cravos, destaca a figura de João Bosco Mota Amaral, que liderou o Governo Regional dos Açores entre 1976 e 1995.

O executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) refere em comunicado hoje divulgado, que a exposição, inaugurada na sexta-feira, “revisita o contexto histórico dos anos da Revolução e os primeiros passos da autonomia açoriana, dando relevo à trajetória pessoal e política de Mota Amaral entre 1969 e 1974”.

“O acervo documental apresentado, proveniente do Arquivo Mota Amaral, inclui material inédito, como correspondência, fotografias, discursos e recortes de imprensa, revelando aspetos menos conhecidos do seu trabalho e do impacto que teve na vida política e social da Região”, adianta.

O Governo Regional dos Açores promove a iniciativa através da Secretaria Regional da Educação, Cultura e Desporto, da Direção Regional da Cultura e da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.

Na sessão inaugural, o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, sublinhou a importância da iniciativa, classificando-a como uma celebração da “memória e identidade açoriana” e como uma homenagem a um “cidadão exemplar, político visionário e estadista inspirador”.

Para o líder do executivo, “a autonomia dos Açores deve muito à determinação e coragem de Mota Amaral, que permitiu à Região superar barreiras históricas de desenvolvimento, alcançar maior coesão territorial e social, e afirmar-se como um exemplo de progresso”.

“Evocamos e homenageamos um político e um estadista, inspirado e inspirador. Um cidadão participante e transformador”, disse.

Na sua intervenção, o chefe do Governo dos Açores admitiu que “as novas gerações de autonomistas” inspiradas em Mota Amaral, “prosseguirão o processo de aprofundamento político e constitucional da autonomia”.

Ainda segundo Bolieiro, foi graças à “determinação, coragem e ousadia” do antigo líder do Governo Regional, que os Açores “venceram um atraso de desenvolvimento”.

A exposição, coordenada cientificamente por Luís Bastos, autor da fotobiografia de Mota Amaral, reafirma “o compromisso das instituições de memória em promover o acesso ao conhecimento histórico e cultural dos Açores”, segundo a nota.

A fonte acrescenta que o acervo exposto “não apenas preserva a memória coletiva, como também inspira novas gerações a prosseguirem o aprofundamento do modelo autonómico e a valorizarem o património cultural da Região”.

A mostra também constitui “uma oportunidade ímpar para conhecer melhor o percurso de um dos maiores protagonistas da história contemporânea dos Açores e de Portugal”.

A exposição temporária “Nos 50 anos do 25 de Abril – Mota Amaral” pode ser visitada até ao dia 22 de março de 2025 na Sala do Coro Baixo do Palácio da Conceição, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

João Bosco Mota Amaral (PSD) foi presidente do Governo Regional dos Açores entre 08 de setembro de 1976 e 20 de outubro de 1995 e vice-presidente da Assembleia da República nas VII e VIII Legislaturas (de 30 de outubro de 1995 a 04 de abril de 2002), tendo também sido eleito presidente do parlamento nacional em 09 de abril de 2002, na IX Legislatura, cargo que ocupou até 09 de março de 2005.

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