Finalmente alguém decidiu abordar uma das grandes questões do Universo. E esse alguém, claro está, serei eu. Nunca vos incomodou que grande parte dos queijos no mercado venham forrados em “casca” de plástico? Mas quem é que estes fazedores de queijo pensam que são? E quem é que esta gente pensa que somos? Que somos uns desocupados com tempo para tirar delicadamente aquela camadinha pestilenta que não se rende facilmente e se gruda ao queijo como uma jovem esposa de um milionário octogenário? Ou que somos uns ricalhaços que cortam a casca fora com metade do queijo agarrado a ela? Não! O Povo anda a comer a casca, pá! Um ultraje! Vitupérios p’ra vocês!
É que do jeito que a coisa vai, ainda ejetamos uma alheira, já embrulhadinha em plástico!
E do ponto de vista do marketing? “Experimente os nossos deliciosos queijos, feitos com o mais puro dos leites, texturas e sabores incríveis, sempre acompanhados daquele travozinho a plástico de que tanto gostamos”.
Já estou a ver como tudo começou. Um dia um queijeiro acordou, olhou para aquela maravilha recém-curada e pensou “como é que eu posso estragar isto com estilo? Ah! Já sei, vou plastificá-lo!”.
E o que dirá o queijo? “Não é qualquer um que me come, meto aqui uma firewall de plástico e quero ver quem se atreve. Vou viver para sempre, Ah Ah Ah!”.
Tragicamente, meu caro queijo, lamento informar-te que não estás seguro. Mais cedo ou mais tarde, alguém te fincará o dente: queijo, casca, vai tudo a eito.
Queijeiros deste mundo, para benefício de tod@s, desplastificai! Também queriam que andássemos por aí a plastificar as tetas das vacas e das cabritas? Não gostavam pois não? Eh.