Mais de 140 milhões de euros já foram transferidos nos Açores para os beneficiários finais dos investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), revelou hoje o Conselho Económico e Social da região, apelando à celeridade na execução do programa.

“Até 30 de junho, o que estava transferido para os beneficiários finais são 146 milhões [de euros]. Isto representa, se considerarmos o investimento inicial dos 580 milhões, 25%. Se considerarmos o investimento dos 750 milhões, representa 13%”, disse a presidente da Comissão Especializada de Acompanhamento do PRR do Conselho Económico e Social dos Açores (CESA), Alexandra Bragança.

Alexandra Bragança, que falava aos jornalistas em Ponta Delgada após uma reunião do CESA, considerou que a região está no “bom caminho”, mas alertou para a necessidade de “acelerar o passo e não perder tempo” na execução do plano.

“Quer da parte do Governo Regional, quer da parte dos agentes económicos, cumpre agir com celeridade, eficiência e rapidez. A tomada de decisão tem de ser rápida para podermos aproveitar este momento único para os Açores a todos níveis”, salientou.

A presidente da comissão do CESA detalhou que existem dois problemas na execução do PRR dos Açores, relacionados com os programas para a qualificação dos adultos ao longo da vida e com o sistema de capitalização das empresas.

Ainda segundo Alexandra Bragança, no final do próximo ano o objetivo passa por ter “1.125 alunos inscritos a mais no ensino pós-secundário e secundário dos Açores”, mas atualmente apenas existe um acréscimo de 517 alunos.

A dirigente do CESA lembrou também que até ao final deste ano estava previsto disponibilizar-se 50 milhões de euros às empresas da região, uma situação que “não vai de todo acontecer”.

“Era muito importante que o capital participativo fosse colocado à disposição das empresas o mais rapidamente possível, que é aquele sistema de recapitalização que vai abranger as médias e as grandes empresas. Era muito importante que este sistema estivesse operacional e à disposição das empresas até antes do final do ano”, defendeu.

Pois, acrescentou, esta é a uma “altura crucial” para garantir a execução do PRR.

“À data de 30 de junho de 2024, a execução acumulada do PRR Açores atingiu 77,55% [face ao previsto para aquela data]. Estamos numa altura crucial da execução deste programa. É nesta altura que todos nos devemos focar na execução dos marcos e metas que se encontram previstos daqui para a frente”, disse.

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