O CHEGA defende que qualquer empresa privada de Comunicação Social deve concorrer aos apoios que estão disponíveis para qualquer empresa e não ter um programa específico de apoio como é o PROMEDIA – Programa de Apoio à Comunicação Social Privada dos Açores.

“Temos jornalistas, mecânicos, padeiros, médicos, professores, temos muitos profissionais que não estão a ser tratados com dignidade, não pomos os jornalistas nem acima nem abaixo relativamente a estas questões laborais”, começou por dizer o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, no final de uma reunião a pedido da Direcção Regional dos Açores do Sindicato dos Jornalistas, para apresentação das propostas feitas por aqueles profissionais, no âmbito da revisão do PROMEDIA.

A questão, reforçou José Pacheco, “é que não podemos concordar que o Estado pague a jornalistas, ou a empresas privadas de jornalismo, porque depois têm de obedecer à voz do dono”.

O CHEGA já tem afirmado publicamente que defende a extinção do PROMEDIA, uma vez que já existem diversos e diferentes apoios para empresas privadas, “o que as empresas de comunicação social têm de fazer é concorrer a esses apoios. Não podemos aprovar programas que vão beneficiar empresas de comunicação social para serem a máquina de propaganda de qualquer Governo ou partido”, indicou José Pacheco.

O Sindicato dos Jornalistas indicou algumas propostas apresentadas ao Governo no âmbito da revisão do PROMEDIA, nomeadamente, para evitar a precariedade na classe, pedindo mais fiscalização. O Sindicato pretende que quem recebe o PROMEDIA não pode despedir jornalistas durante três anos, indicando a importância de se adoptar, na Região, o Acordo Colectivo de Trabalho para a imprensa. As empresas beneficiárias deste apoio devem ter conteúdos próprios e não ser apenas agregadoras de informação, indicando o Sindicato que a actividade principal destas empresas beneficiárias deve ser o jornalismo.

Medidas com as quais o CHEGA concorda, não apenas para o jornalismo, mas para todos os sectores de actividade na Região. “Sou o primeiro a defender o jornalismo. Mas acho que não devem ser os contribuintes a pagar esta actividade. Em nenhuma Democracia adulta e séria – como queremos que seja a nossa – temos o Estado a pagar empresas de comunicação social. Isso não existe, é uma deturpação da Democracia. Sou contra tudo o que seja o contribuinte a pagar aos órgãos de comunicação social. Ninguém paga aos padeiros, aos mecânicos”, concluiu José Pacheco.

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