O PPM/Açores considerou hoje que o líder regional do PS mostrou desconhecer a situação da gestão de resíduos na ilha do Corvo, assegurando que está “finalmente a ser resolvida de maneira firme e eficaz”.

“A questão dos resíduos de madeira e dos resíduos volumosos (‘monstros’) na ilha do Corvo está finalmente a ser resolvida de maneira firme e eficaz. Com uma verba de 87 mil euros já atribuída, a operação de remoção está em andamento e visa devolver à ilha a qualidade ambiental e a ordem que os seus habitantes merecem”, refere o PPM açoriano, em comunicado.

Citado na nota, o deputado João Mendonça salienta o esforço desenvolvido para a resolução do problema, “fruto de um trabalho local e do Governo Regional dos Açores [PSD/CDS-PP/PPM], consistente e sério”.

“É a verdadeira resposta para um problema que enfrentava” a comunidade, acrescenta.

No início de setembro, o líder do PS/Açores, Francisco César, apontou “falhas graves” na gestão de resíduos da ilha do Corvo e exigiu ação ao executivo regional.

Durante uma visita ao Centro de Processamento de Resíduos da ilha do Corvo, o líder socialista disse que, “ao contrário do que o atual Governo Regional tem propagado, há áreas onde a situação está a piorar e a gestão de resíduos é uma delas”.

“O presidente do Governo [Regional] tem dito repetidamente que os Açores estão melhores do que nunca, em várias áreas. Posso dar um exemplo claro de uma área em que, especificamente, nós não estamos melhor. Aliás, estamos claramente pior. A área da gestão de resíduos”, afirmou Francisco César.

O líder socialista relatou que naquela ilha do grupo ocidental do arquipélago “o lixo acumula-se, com graves danos para aquilo que é a qualidade ambiental daquela que foi a primeira Reserva da Biosfera dos Açores”.

Hoje, o PPM/Açores diz que tem vindo a assistir, por parte do PS e da sua liderança, a “uma tentativa lamentável” de fazer uso da situação “para ganho político”.

“Francisco César mostrou um desconhecimento da situação tão profundo que nem sequer sabia a quem pertenciam os terrenos nos quais ele estava a pisar”, refere, lembrando ainda que “criticou inclusive a Câmara Municipal do Corvo indiretamente”, que é dirigida pelo PS.

“O ponto culminante da sua desinformação foi o facto de Francisco César nem mesmo saber que os terrenos em questão, onde estão acumuladas as paletes, pertencem também à Câmara Municipal do Corvo, a qual deveria estar sob a sua defesa, e não sob ataque”, acrescenta.

No comunicado, João Mendonça considera ainda que “a postura adotada por Francisco César e pelo PS revela uma tendência lamentável de colocar a política do espetáculo acima das necessidades reais do Corvo e dos corvinos”.

“Ao invés de contribuir, preferem desinformar e criar um ambiente de conflito que só prejudica aqueles que vivem na ilha”, lamenta.

Para o partido, a população da mais pequena ilha dos Açores “merece mais do que este tipo de política”, merece “respeito e ações concretas que contribuam para a resolução dos seus problemas”.

“As palavras e as visitas encenadas de Francisco César não ajudam o Corvo, apenas revelam a falta de compromisso real com a nossa ilha e o verdadeiro interesse em promover apenas o seu próprio nome”, conclui.

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