O presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, considera que o arquipélago açoriano tem “potencial ímpar” para ser uma “região de oportunidades”, atendendo à vasta dimensão do seu território, foi hoje divulgado.

Segundo uma nota de imprensa do executivo açoriano, Bolieiro participou na sexta-feira como orador convidado nas comemorações dos 30 anos da Academia do Bacalhau de São Miguel, em Ponta Delgada, onde abordou a “geocentralidade e a grandiosidade dos Açores”, destacando “a vasta dimensão do território, que se estende aos domínios marítimo e espacial”.

Na sua intervenção, o líder do executivo regional referiu que os Açores “possuem um potencial ímpar”, que deve ser aproveitado para “transformar a região de necessidades” numa “região de oportunidades”.

Momento em que José Manuel Bolieiro foi agraciado por Valter Franco, com uma placa pela sua participação num ciclo de conferências promovida pela Academia do Bacalhau de São Miguel

Bolieiro rejeitou a ideia de que os Açores “sejam periféricos e pequenos, defendendo que, pelo contrário, são uma terra de grande potencial”.

Para alcançar essa transformação, adianta a nota, o governante “destacou a importância de trabalhar com parceiros ligados à ciência, à tecnologia e ao conhecimento, pilares essenciais para um desenvolvimento sustentável e inovador”.

Na sua opinião, a perspetiva dos Açores como uma região de oportunidades “está fortemente relacionada com as novas economias”, como a economia azul (focada no mar e nos recursos marítimos), a economia espacial (aproveita a localização estratégica dos Açores no contexto das tecnologias espaciais) e a economia verde (centrada na sustentabilidade e nas energias renováveis).

“Estas novas áreas de desenvolvimento são vistas como essenciais para o futuro da região, contribuindo para o seu crescimento económico e para a afirmação dos Açores como um território central e dinâmico no mundo global”, afirmou.

Na palestra, o social-democrata que lidera o executivo regional de coligação também abordou os três períodos históricos da democracia autonómica dos Açores: a progressiva (marcada pelo início do processo de conquista dos direitos autonómicos), a cooperativa (caracterizada pela colaboração entre as instituições regionais e nacionais) e a de responsabilização (uma democracia de cidadania, cada vez mais plural e participada, inaugurada sob a sua liderança).

Sublinhou que a sua governação, iniciada em novembro de 2020, deu início a uma nova era “marcada por uma maior responsabilização das autoridades regionais, com enfoque na prestação de contas e na transparência” e explicou as duas atitudes estratégicas que o Governo dos Açores tem adotado: “a exigência de diálogo e a concertação”.

Aliás, segundo a nota, o governante salientou que foi graças a esta postura que “ficou resolvida a ameaça de uma greve paralisante na SATA, que seria gravosa para a própria empresa”.

A greve de um mês dos trabalhadores da SATA, que começava na sexta-feira, foi desconvocada depois de o grupo ter chegado a acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) e o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação (SITAVA).

“Agradeço, enalteço e reconheço o excelente trabalho de diálogo e concertação que permitiu evitar uma greve e pôr em risco, a arriscada vida, de um grupo empresarial do setor público empresarial dos Açores, como é o grupo SATA”, enalteceu José Manuel Bolieiro.

E rematou: “Valorizo este ciclo, que cada vez está mais frutuoso, do diálogo, da concertação, do entendimento e da responsabilização”.

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