A Assembleia Legislativa dos Açores aprovou hoje por unanimidade a criação do Prémio Literário Vitorino Nemésio, no valor de 2.500 euros, com o intuito de “promover a cultura e a literatura açoriana”, segundo o presidente do parlamento.
Durante o plenário da Assembleia Regional, que decorre durante esta semana na Horta, o presidente do órgão legislativo, Luís Garcia, explicou que o prémio pretende também homenagear o escritor Vitorino Nemésio (1901-1978), natural da ilha Terceira.
Segundo o diploma, que partiu de uma iniciativa da mesa da Assembleia Regional, o prémio prevê atribuir ao vencedor, além de um valor pecuniário de 2.500 euros, a publicação de até 300 exemplares da obra vencedora.
Cada edição do prémio será dedicada a um ou mais géneros literários, sendo que na primeira edição serão “admitidos romances e novelas”.
O júri vai ser formado por cinco elementos (aprovados pela mesa da Assembleia Regional) – um curador, uma pessoa indicada pela presidência do parlamento, dois escritores e uma “personalidade de reconhecido mérito na área da cultura”.
O parlamento dos Açores é composto por 57 deputados, 23 dos quais da bancada do PSD, outros 23 do PS, cinco do Chega, dois do CDS-PP, um do IL, um do PAN, um do BE e um do PPM.
Hoje, os deputados também aprovaram o Orçamento da Assembleia Regional com os votos a favor de quase todos os partidos, à exceção do Chega, que se absteve.
Em 06 de outubro de 2023, a Assembleia Legislativa já tinha anunciado a criação do prémio Vitorino Nemésio, mas na altura, segundo o projeto de regulamento publicado em Jornal Oficial, não existia um valor monetário associado.
Vitorino Nemésio, poeta, professor universitário e romancista, nasceu na Praia da Vitória em 1901 e morreu em Lisboa em 1978.
Na sua carreira destacam-se o romance “Mau Tempo no Canal” (1944), as obras de poesia “Eu, Comovido a Oeste” (1940) ou “O Verbo e a Morte” (1959) e o livro de crónicas “Corsário das Ilhas” (1956).