O incêndio que afetou a Região Autónoma da Madeira, ao longo dos últimos dias, foi absolutamente devastador. O flagelo foi tido como um dos mais graves e preocupantes naquela região, ao longo das últimas décadas.

Em resposta à gravidade de toda a situação que tão repentinamente assolou o povo madeirense, o Governo Regional, em articulação com o Governo da República, desencadeou os mecanismos designados para o efeito, nomeadamente o Plano de Emergência e Proteção Civil, alertando a população para a necessidade de adotar um conjunto de medidas preventivas no âmbito da segurança.

Miguel Albuquerque, líder do Executivo regional, afirmou que as decisões tomadas pelas autoridades durante o combate ao incêndio foram as mais adequadas e, prontamente, defendeu a atuação da Proteção Civil e do seu Secretário Regional responsável por aquela pasta. Apesar de todas as críticas de que foi alvo, Albuquerque garantiu que o combate ao incêndio se realizou de forma rigorosa, fazendo uso dos recursos disponíveis da melhor forma possível.

Além disso, desde o início do incêndio, a gestão feita pelo Executivo regional foi alvo de severas críticas, tanto no que concerne à mobilização de efetivos, quanto ao combate ao incêndio. Também a postura adotada por Albuquerque e pelo seu Secretário Regional foram visadas, na medida em que a oposição considerou que a resposta deveria ter sido mais pronta e robusta do que aquilo que se observou.

As declarações de Miguel Albuquerque, associaram-no àquilo que foi a postura de Jardim, desde que há democracia na Madeira, visto que se notaram alguns toques de arrogância e sobranceria. A falta de alternância no Governo regional e a falta de alternativas políticas credíveis têm implicações diretas na qualidade da democracia e na solidez das Instituições democráticas regionais. Os últimos meses têm sido conturbados no que concerne ao contexto político madeirense e, ao que parece, vão continuar a ser. Cabe ao povo madeirense deliberar se é este ou não o rumo que querem para a sua Região. Veremos o que nos dizem os próximos meses.

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