O Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) garantiu hoje que continuará a prestar toda a solidariedade e cooperação à Região Autónoma da Madeira devido ao incêndio rural que deflagrou a 14 de agosto na região.
“A Região Autónoma da Madeira continuará a contar com toda a solidariedade e com a cooperação necessária, por parte da Região Autónoma dos Açores, enquanto este incêndio não for dado como extinto”, afirmou hoje o secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel.
O governante açoriano deslocou-se esta manhã ao aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, para receber a equipa de operacionais do arquipélago que esteve a combater o incêndio na Madeira e para acompanhar a partida dos novos elementos que integram o dispositivo desta missão.
“Esta proximidade e solidariedade entre as duas Regiões Autónomas é algo absolutamente fundamental e representa uma constante, como aliás, se verificou muito recentemente com o precioso auxílio e suporte que a Madeira nos disponibilizou, acolhendo doentes que tiveram de ser mobilizados aquando do incêndio que deflagrou no HDES [Hospital Divino Espírito Santo], em Ponta Delgada”, afirmou o governante, citado numa nota de imprensa do executivo açoriano.
O titular da pasta da proteção civil nos Açores, que esteve acompanhado pelo presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros, Rui Andrade, agradeceu aos “valorosos bombeiros” da região que estiverem a combater as chamas na Madeira.
Também manifestou “profunda gratidão, pela prontidão, coragem e espírito de sacrifício demonstrados, no combate ao incêndio”.
“Mais uma vez, os nossos bombeiros demonstraram que estão sempre disponíveis e preparados para proteger vidas e bens, neste caso em auxílio aos nossos congéneres madeirenses, de um modo que nos inspira a todos e que é um exemplo de humanismo e serviço ao próximo, pelo qual teremos de estar sempre gratos”, destacou.
Alonso Miguel deu ainda nota que o envio de uma equipa de 15 elementos para a Madeira “surgiu como uma resposta de cooperação e de solidariedade que é permanente entre as duas regiões autónomas”, confirmadas que foram as grandes dimensões do incêndio.
“Na manhã do domingo, dia 18, foi confirmada a necessidade deste apoio e, de imediato, levámos a cabo uma operação de mobilização do efetivo e, nesse mesmo dia, projetámos para a Madeira 15 operacionais, que foram imediatamente integrados na Força Operacional Conjunta”, recordou.
O governante esclareceu que dos 15 operacionais, regressam hoje 14 a casa, “com um sentimento de missão cumprida e com direito a um merecido descanso, e a quem se presta um junto reconhecimento pelo relevante contributo que deram no combate a este incêndio”.
“Uma vez que o incêndio ainda não está extinto, e que ainda é necessário o nosso apoio nesta missão, os operacionais que regressam a casa, serão, ainda hoje, rendidos por um novo contingente de igual número, que integra bombeiros das ilhas Terceira, São Miguel, Santa Maria e Faial, mantendo-se na Madeira um elemento com o objetivo de receber e integrar o dispositivo que agora parte para a Madeira”, concluiu.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou a 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana.
Hoje de manhã, ao 11.º dia, a Proteção Civil regional indicou que o fogo está controlado e que os operacionais se mantêm no terreno em operações de rescaldo, controlando alguns pontos quentes.
O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.045 hectares de área ardida.